A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, indicou na conferência habitual sobre o ponto de situação da covid-19 em Portugal, que as máscaras são um método que aumenta a proteção, mas “não são milagrosas”, defendendo que para diminuir o contágio é preciso reduzir o convívio, porque existe uma pandemia.
“Há um conjunto de medidas que fazem efeito e as máscaras ajudam essas medidas, são um método de barreira que aumenta a proteção, não são milagrosas, porque se fossem milagrosas era a única medida que nós recomendávamos”, sublinhou a diretora-geral da Saúde.
Graça Freitas explicou ainda que não é apenas uma medida que vai impedir que a pessoa contraia ou transmita o vírus. “O contágio é muito fácil e é um feixe de medidas que vai levar a que esse contágio diminua”, nomeadamente “menos contacto entre pessoas, menos confraternização”.
“Temos que dizer claramente que, neste momento, quando vamos ver os surtos” são principalmente famílias, depois situações sociais e laborais, por isso “as famílias têm que entender que se vivem em casas diferentes, em núcleos diferentes e em bolhas diferentes quando se juntam estão a juntar mundos diferentes e basta uma pessoa infetada”.
A diretora-geral da Saúde reforçou ainda que “o convívio tem que ser também diminuído, nós estamos numa pandemia”.
Sobre as medidas que o Governo reforçou, Graça Freitas sustentou que não é hábito das autoridades “tomar medidas que não sejam tão efetivas”, como gostariam, obrigatórias, no entanto, estão sempre abertas “à melhor evidência científica”.
“Não quer dizer que em situações específicas em que se prevê por qualquer motivo um ajuntamento maior de pessoas não possa vir a ser recomendada”, situação diferente “é recomendar o uso universal”, afirmou.