Covid-19: Fundação Portuguesa de Cardiologia defende prioridade dos doentes cardíacos na vacinação 535

Manuel Oliveira Carrageta, presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), emitiu uma mensagem na qual se mostra preocupado com a lista de prioridades do Plano de Vacinação contra a Covid-19.

“Foi com agrado que tomámos conhecimento que ao pessoal do serviço nacional de saúde e dos lares foi atribuída prioridade no programa de vacinação. Faz sentido que, aqueles que estão na linha da frente, sejam o mais urgentemente protegidos. Isso vai não só permitir que façam o seu trabalho com maior segurança, como diminuir o risco de infetar as pessoas vulneráveis de que estão a cuidar”, começa por mencionar, antes de mostrar a preocupação com o facto de, em Portugal, “ao contrário da generalidade dos países europeus, os mais idosos não estão a ter a devida prioridade no programa de vacinação, que se limita apenas aos doentes internados em lares. Refira-se que os idosos, vivendo ou não em lares, são os mais atingidos mortalmente pela COVID-19. É de notar que 92% das mortes ocorrem nos doentes com mais de 65 anos.”

Manuel Oliveira Carrageta explica que, “muitos doentes, particularmente os mais jovens, apesar de atingidos pelo vírus, são assintomáticos, o que significa que muitos destes doentes, sem o saber, transmitem a doença às pessoas idosas mais vulneráveis.”

Em seu entender, se os idosos estiverem, previamente, vacinados, “o risco de apanhar a doença e morrer fica muito mais reduzido”.

Manuel Oliveira Carrageta acrescenta: “Saliente-se que os doentes cardíacos, independentemente da idade (embora esta seja uma patologia mais frequente nas pessoas de idade mais avançada), estão em maior risco de contrair uma doença grave ou morrer, pelo que a Fundação Portuguesa de Cardiologia, defende que devam ter prioridade no programa de vacinação.”

No final, antes de salientar que a vacinação não dispensa o distanciamento social, o uso de máscara, evitar reuniões em espaços fechados e a higiene das mãos, a FPC aconselha, ainda, que “todos aqueles que tenham fatores de risco (nomeadamente hipertensão) ou doença cardiovascular se vacinem na primeira oportunidade que lhes for dada.”