A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P. (Infarmed), divulgou um comunicado com uma atualização sobre os vários tratamentos e vacinas que se encontram em desenvolvimento para combater a pandemia de covid-19.
“O Infarmed, I. P., encontra-se a acompanhar a nível nacional, europeu e internacional todos os dados relativos a potenciais medicamentos a serem considerados, no tratamento da infeção por coronavírus, bem como potenciais vacinas neste contexto, tendo disponível na sua pagina eletrónica, informação sobre este assunto que pode ser consultada”.
Segundo a Autoridade do Medicamento “existem várias iniciativas que estão a decorrer, relativas a potenciais tratamentos da COVID-19. Contudo, à presente data e mediante os dados preliminares, nenhum medicamento se demonstrou ainda eficaz no tratamento da covid-19”.
Segundo o Infarmed, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) “tem interagido com várias empresas responsáveis pelo desenvolvimento de cerca de 40 opções terapêuticas”, e neste momento há a destacar cinco potenciais tratamentos.
Remdesivir (medicamento experimental também utilizado no tratamento da infeção pelo vírus Ébola); lopinavir/ritonavir (associação presentemente autorizada para o tratamento da infeção pelo VIH); cloroquina e hidroxicloroquina (presentemente autorizados a nível nacional como tratamentos para a malária e determinadas doenças autoimunes como a artrite reumatoide); interferões sistémicos, em particular o interferão beta (presentemente autorizados para tratar doenças como a esclerose múltipla); e anticorpos monoclonais, com atividade sobre os componentes do sistema imunitário, são os as potenciais terapêuticas, para as quais estão a decorrer ensaios clínicos.
O Infarmed avança ainda que “já a decorrer ensaios clínicos de fase I para duas vacinas, conforme informação da organização Mundial de Saúde. Os ensaios clínicos de fase I são os primeiros ensaios necessários e decorrem com voluntários saudáveis”.
Contudo, a Autoridade do Medicamento indica que ainda não é possível “fazer uma previsão sobre o tempo que levará até que estas vacinas estejam efetivamente aptas para aprovação, contudo, e com base na experiência do desenvolvimento de outras vacinas, considera-se que todo o processo demorará pelo menos 1 ano até que uma vacina para covid-19 possa estar preparada para a aprovação e disponível em quantidades suficientes para garantir uma utilização em larga escala”.
O Infarmed, termina por indicar que em articulação com a EMA, irá continuar a acompanhar e a seguir a “evolução das terapêuticas e vacinas para COVID-19, promovendo a sua divulgação”.