O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) está neste momento a avaliar a nova geração de testes rápidos de despiste da covid-19, e um grupo de peritos vai definir recomendações e critérios para os selecionar.
Segundo Raquel Guiomar, responsável pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios do INSA, estes novos testes rápidos apresentam “vantagens”, já que têm uma “baixa complexidade de execução” e permitem “fazer o diagnóstico perto do doente, do caso suspeito”, e obter “um resultado de forma rápida”.
No entanto, explicou, os novos testes rápidos “têm critérios muito específicos para a sua seleção e critérios para a sua utilização e são estes critérios de seleção que vão ser oportunamente definidos pelo grupo de peritos”.
Os novos testes rápidos “podem trazer algumas limitações”, que “serão, no fundo, colmatadas pelo encaminhamento das amostras de alguns doentes para a análise pelo método de referência”, o teste de PCR em tempo real, disse.
Segundo a responsável do INSA, a nível internacional, a avaliação dos novos testes de diagnóstico rápido “está também a ser feita por parceiros europeus”, acrescentando que “até à data, os dados preliminares indicam que esperaremos uma boa concordância entre os resultados destes testes e os resultados com o teste de referência”.
Em relação aos critérios de utilização, que “são descritos nas bulas e nas instruções que acompanham os testes”, os testes rápidos devem ser utilizados para “deteção de antigénio para casos suspeitos com sintomas, que tenham ocorrido há menos de sete dias desde o início da infeção”, e “sempre em ambiente onde exista segurança para realizar a colheita do exsudado da nasofaringe”, explicou Raquel Guiomar.