Covid-19: Intenção de ser vacinado é maior a partir dos 60 anos 553

A intenção de ser vacinado contra a covid-19 foi maior nas pessoas com 60 ou mais anos e menor nos indivíduos entre 40 e 49 anos, revela um relatório do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.

As conclusões são do relatório “Diários de uma Pandemia”, uma iniciativa desenvolvida pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e pelo Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), que visa perceber o que “mudou” no dia-a-dia das pessoas desde o primeiro confinamento, mas também a intenção de ser vacinado.

No estudo participaram 3.795 pessoas que, entre 03 de fevereiro e 11 de abril, preencheram mais de 170 mil questionários.

Sob o tema “Evolução da vida diária em Portugal durante e após o segundo confinamento”, o estudo analisa as respostas de um conjunto de cidadãos, com idades entre os 18 e 60 ou mais anos.

O documento conclui, ainda, que a grande maioria dos inquiridos, cerca de 90%, “manteve a intenção de ser vacinada contra a covid-19 ao longo das 10 semanas em estudo”.

A intenção de ser vacinado foi “sempre mais frequente” entre os participantes com 60 ou mais anos (entre 92% e 95%) e menos nos indivíduos com idades entre os 40 e 49 anos (84% e 85%).

Os inquiridos com “maior rendimento” mantiveram-se também mais favoráveis à vacinação, não tendo existido diferenças regionais “notórias”.

Ao longo das 10 semanas em estudo, a quantidade de participantes que referiram ter sido vacinados aumentou “entre 3% e 6%”, refere o relatório, acrescentando que as estimativas se referem a novas vacinações e não ao total de pessoas vacinadas na amostra.

“As novas vacinações foram sempre mais frequentes nos mais velhos e a proporção de novos vacinados acelerou de forma semelhante em todas as idades abaixo dos 60 anos”, salienta o documento.