Líderes mundiais pediram a cooperação da “comunidade internacional” no quadro de um novo tratado internacional de preparação e respostas a futuras pandemias, num documento publicado esta terça-feira, dia 30, em vários jornais e também divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Para os mais de 20 subscritores, entre os quais o primeiro-ministro português António Costa, o novo tratado pode sinalizar “medidas políticas de alto nível” necessárias para proteger o mundo para futuras crises sanitárias.
“Haverá outras pandemias e outras grandes emergências sanitárias. Nenhum governo ou departamentos oficiais podem enfrentar esta ameaça sozinho”, dizem os líderes políticos mundiais, na maior parte chefes de Estado e de Governo.
“Em conjunto, temos de estar preparados para prever, prevenir, detetar, avaliar e responder eficazmente às pandemias de forma coordenada. A pandemia de covid-19 tem mostrado de forma severa que ninguém está seguro até que todos estejam seguros”, acrescenta o documento.
O principal objetivo de um novo tratado internacional – de preparação e resposta a pandemias – é promover uma abordagem abrangente para reforçar as capacidades nacionais, regionais e globais assim como a “resiliência às futuras pandemias”.
O eventual tratado de cooperação – indica o texto divulgado hoje – ficaria enquadrado no âmbito da Organização Mundial de Saúde, recorrendo a outras organizações envolvidas nos mesmos esforços.
“Os instrumentos de saúde globais existentes, especialmente os Regulamentos Internacionais de Saúde, apoiariam o tratado, garantindo uma base sólida”, acrescenta o documento.
Entre os signatários, além de Costa, contam-se Mario Draghi, primeiro-ministro de Itália; Klaus Iohannis, Presidente da Roménia; Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido; Emmanuel Macron, Presidente da França; Angela Merkel, Chanceler alemã; Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, Mark Rutte, primeiro-ministro da Holanda; Pedro Sánchez, chefe do governo espanhol; e Kyriakos Mitsotakis, primeiro-ministro da Grécia.
A proposta é assinada também, entre outros, por Paul Kagame, Presidente do Ruanda; Uhuru Kenyatta, Presidente do Quénia; Prayut Chan-o-cha, primeiro-ministro da Tailândia; Moon Jae-in, Presidente da República da Coreia; Sebastián Piñera, Presidente do Chile; Carlos Alvarado Quesada, Presidente da Costa Rica; Edi Rama, primeiro-ministro da Albânia; Cyril Ramaphosa, Presidente da África do Sul; Kais Saied, Presidente da Tunísia; Erna Solberg, primeiro-ministro da Noruega; Joko Widodo, Presidente da Indonésia; Volodymyr Zelensky, Presidente da Ucrânia; e Tedros Adhanom Ghebreyesus; diretor-geral da Organização Mundial de Saúde.