A ministra da Saúde, Marta Temido, defendeu uma “participação determinada” na construção do projeto da União Europeia da Saúde, alegando a necessidade de uma resposta europeia concertada à pandemia da covid-19.
“Se permanecermos unidos, seremos mais fortes na nossa capacidade de resposta” à pandemia, salientou Marta Temido no encerramento de uma cerimónia, que decorreu ‘online’, para assinalar o Dia Mundial da Saúde.
Segundo a governante, esta necessidade de concertação no combate à covid-19 convoca a “uma participação determinada na construção de uma União Europeia da Saúde”, projeto que, num primeiro momento, implica a aprovação de um pacote legislativo específico.
Este novo conjunto de legislação envolve o reforço do papel da Agência Europeia do Medicamento (EMA) do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), assim como a aprovação de um regulamento sobre ameaças de saúde pública transfronteiriças, avançou Marta Temido.
Depois de considerar que, nos últimos meses, a “humanidade recuperou a consciência da sua fragilidade e da sua interdependência”, a ministra adiantou que a pandemia já permitiu uma certeza: “só quando todos estivermos protegidos é que cada um de nós estará protegido”.
“Isso convoca-nos à participação ativa em mecanismos de solidariedade, como o da partilha de vacinas contra a covid-19, mas convoca-nos, sobretudo, a uma ação concertada de compromisso com um modelo de justiça e de equidade social que faz bem à saúde e que só pode ser plenamente realizado numa ótica de saúde global”, disse Marta Temido.