Um estudo indica que o medicamento oral molnupiravir, contra a covid-19, elimina o vírus SARS-Cov-2, na sua fase infeciosa ativa, ao terceiro dia desde o início da toma.
Este medicamento é um antiviral que deve ser administrado rapidamente após o início dos sintomas e tomado por cinco dias para evitar a replicação do vírus.
O trabalho foi apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas, pela Merck Sharp & Dohme (MSD), fabricante deste medicamento.
Segundo os dados divulgados, os participantes nos ensaios foram submetidos a testes de PCR para determinar as cargas virais do SARS-CoV-2 a partir de zaragatoas nasofaríngeas colhidas nos dias 1 (início), 3, 5 (fim de tratamento), 10, 15 e 29.
No terceiro dia de tratamento, nenhum dos 92 participantes que tomaram molnupiravir tinha o SARS-CoV-2 em fase ativa detetável, em comparação com 21,8% (20 de 96) dos participantes que tomaram um placebo.
Após cinco dias, os pacientes alvo do tratamento permaneciam sem o vírus, enquanto no outro grupo este ainda foi detetado em 2,2%. Ao décimo dia, nenhum dos participantes de ambos os grupos estava positivo para a covid-19.
O ensaio confirmou a superioridade do medicamento, em relação ao placebo, em adultos não hospitalizados com covid-19 leve ou moderada e com risco de progressão para doença grave, caso a terapia fosse iniciada nos cinco dias seguintes ao início dos sintomas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tinha divulgado, a 3 de março, que o molnupiravir integrava a sua lista de tratamentos recomendados contra a covid-19 e também foi aprovado o seu uso de emergência para países como os Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Japão.