Covid-19: Mortes associadas representaram 52% do excesso de mortalidade 558

Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), as mortes associadas à doença covid-19 representaram 52% do excesso de mortalidade verificado em Portugal entre março e dezembro do ano passado.

O boletim do INE sobre mortalidade em contexto de pandemia indica que desde 2 de março (data do primeiro caso diagnosticado de infeção com o novo coronavírus) e até 27 de dezembro, morreram 99.356 pessoas, um aumento de 12.852 mortes em relação à média dos mesmos meses nos anos de 2015 a 2019.

Desses 12.852 óbitos a mais, 6.677 foram atribuídos à covid-19, o que representa uma percentagem de 52%.

Só entre 30 de novembro e 27 de dezembro morreram 2.172 pessoas com covid-19, um número que supera o aumento de 1.884 mortes em relação à média para o mesmo período dos últimos cinco anos.

Das 99.356 mortes, 49.453 foram homens e 49.903 mulheres. Mais de 70% tinham 75 anos ou mais. O maior aumento verificou-se nas mortes fora dos hospitais, que subiram de 7.202 para 39.332, e 60.024 mortes aconteceram em contexto hospitalar.

Por região, o maior aumento do número de mortes verificou-se na região Norte, onde morreram mais 5.696 pessoas do que no período homólogo dos cinco anos anteriores, seguindo-se Lisboa (mais 3.428 mortes), Centro, (mais 2.423), Alentejo (mais 948), Algarve, (mais 256), região Autónoma da Madeira (mais 129) e Açores (mais 114).