O coordenador da ‘task-force’ para o plano nacional de testagem à covid-19 afirmou que o número de testes à Covid-19, realizados por semana, observou “um aumento declarado”, sendo já a maioria testes rápidos de antigénio.
“Já há por semana um aumento declarado e evidente de testes e há outra alteração é que, a partir de agora, cerca de 61% destes testes, cerca de 40 mil, são testes de antigénio”, afirmou Fernando Almeida, numa audição conjunta na comissão parlamentar de Saúde e na Comissão Eventual para o acompanhamento da aplicação das medidas de resposta à pandemia da doença covid-19.
Segundo o coordenador da ‘task-force’ para a promoção do Plano de Operacionalização da Estratégia de Testagem em Portugal, trata-se de “uma mudança científica, uma mudança logística, e uma mudança financeira”, porque, afirmou, “estes testes são incomensuravelmente muito mais baratos do que os PCR [testes moleculares]”.
“É uma ferramenta muito mais favorável em termos de preço e de facilidade”, mas, ressalvou, há critérios que, perante um teste de antigénio positivo, impõem fazer um teste confirmatório PCR.
Fernando Almeida observou que o maior número de testes foi registado no dia 22 de janeiro deste ano, no pico da terceira vaga da pandemia, 77.000, uma média de 52.911 testes por dia, com uma taxa de positividade de 20,2%.
O Plano de promoção da operacionalização da estratégia de testagem em Portugal, divulgado na terça-feira, assenta em três eixos, “testagem dirigida, programada e generalizada”, e pretende contribuir para o controlo da epidemia da covid-19 no país.
“Todos os testes devem ser realizados e interpretados de acordo com uma finalidade de diagnóstico ou de rastreio, tendo por base uma análise de risco que permita identificar, precocemente, os casos e minimizar o risco de transmissão na comunidade”, refere o plano.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, e até 19 de abril foram realizados 9.852.605 testes PCR e antigénio em Portugal, segundo os últimos dados disponíveis pelas autoridades de saúde.