A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a aprovação da vacina da Moderna contra a covid-19.
Embora a OMS ainda não tenha dado autorização para uso de emergência à vacina da Moderna, espera-se que a avaliação esteja concluída até ao fim de fevereiro.
Os peritos que analisaram a vacina recomendam que as duas doses sejam tomadas com um intervalo de 28 dias, contudo admitem que em caso de grande necessidade, possa haver um intervalo de 42 dias entre as doses da vacina. No entanto, desaconselham que se dê apenas uma dose para conseguir que mais pessoas sejam vacinadas, sobretudo em países com uma alta taxa de infeções pelo novo coronavírus.
Da reunião do Grupo Estratégico Consultivo de Peritos (SAGE) da OMS, saíram também indicações no que respeita a quem não deve ser privilegiado na vacinação. As pessoas que façam viagens internacionais, a não ser que estejam entre os grupos de risco mais elevado, são um desses casos.
“No período atual, em que o fornecimento de vacinas é muito limitado, a vacinação preferencial dos viajantes internacionais iria contra o princípio da equidade”, afirmou o grupo.
“Por esta razão, e devido à falta de provas de que a vacinação reduz o risco de transmissão, a OMS não recomenda a vacinação de viajantes contra a Covid-19”, acrescentam, indicando que esta recomendação será revista à medida que aumente o fornecimento da vacina.
O Grupo desaconselhou também que a vacina seja dada a mulheres grávidas, a não ser que os benefícios da vacinação ultrapassem os riscos potenciais, tratando-se de pessoas com outras doenças ou profissionais de saúde com alto risco de infeção.
Para além disso, o SAGE recomenda ainda que as pessoas com testes PCR positivos adiem a vacinação por seis meses.