O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, veio criticar o “nacionalismo de vacinas” para a covid-19, afirmando que qualquer país terá benefícios económicos e de saúde se o resto do mundo recuperar da pandemia.
“O nacionalismo em relação às vacinas não presta. Não nos ajudará. Quando dizemos que uma vacina deve ser um bem global de saúde pública, não se trata de partilhar por partilhar. Para o mundo poder recuperar mais depressa, tem de recuperar em conjunto”, afirmou Tedros Ghebreyesus, numa conferência integrada no Fórum de Segurança de Aspen.
Para Tedros Ghebreyesus, os países que cheguem primeiro a uma vacina e que se comprometam a contribuir para que seja distribuída equitativamente por todo o mundo “não estão a fazer caridade aos outros, estão a fazê-lo por si próprios, porque quando o resto do mundo recuperar e as economias reabrirem, também beneficiam”, indicou.
“Para o mundo recuperar mais depressa, tem que recuperar em conjunto”, sublinhou o diretor-geral da OMS.
De acordo com o diretor executivo do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Michael Ryan, existem neste momento 165 projetos de vacinas, 26 estão em testes clínicos e seis entraram na chamada fase três, em que são testadas em pessoas saudáveis para ver se são capazes de as proteger contra o novo coronavírus durante grandes períodos de tempo.
Assim que houver “sinais de segurança” suficientes, a produção de vacinas poderá começar, garantindo-se que há vacinas suficientes para as necessidades de todo o mundo.