A Pfizer anunciou que vai realizar um estudo sobre um grupo de pessoas que depois de vacinadas contra o covid-19 contraíram a doença, para determinar se é necessária uma dose de reforço.
O anúncio foi feito por David Swerdlow, especialista em epidemiologia clínica da empresa durante uma conferência virtual de medicina que se realizou em San Francisco, nos Estados Unidos.
“Vamos observar os dados para compreendermos quando vamos poder assistir a uma mudança na eficácia da vacina”, indicou David Swerdlow, citado pela agência Bloomberg.
Segundo o especialista da Pfizer, as injeções de reforço, ou de “seguimento”, são para pacientes que já receberam a dose completa da vacina inicial (uma ou duas de acordo com a marca) e cujo sistema imunológico pode necessitar de mais uma quantidade de composto para combater as variantes do vírus ou reforçar a diminuição de anticorpos.
“Estamos a trabalhar no sentido de compreendermos o impacto da dose de reforço. Vamos obter dados sobre o seguimento contínuo para vermos quanto tempo duram os marcadores imunitários”, explicou David Swerdlow.
O especialista indicou que vão ser usados “dados imunológicos, clínicos e do mundo real” para determinar “quando pode ser necessária” uma vacina de reforço.
Na mesma conferência, Julie Louise Gerberding, vice-presidente executiva da Merck & Co. e ex-diretora dos Centros para o Controlo e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, acrescentou que ainda “há perguntas sem resposta”.
“Apesar da grande e maravilhosa eficácia das vacinas que estão autorizadas atualmente não conhecemos a durabilidade da proteção a longo prazo. Há muitos avanços científicos que precisam de ser monitorizados e avaliados à medida que avançamos, não estamos fora de perigo”, concluiu Julie Louise Gerberding.