De acordo com o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, o coordenador da task force para o plano de vacinação contra a covid-19, Portugal pode perder 3,6 milhões de vacinas devido às restrições da Janssen, pois esta só pode ser administrada a maiores de 50 anos.
A informação foi dada durante a reunião ocorrida em Lisboa, na Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).
“Face às restrições que ainda existem sobre um conjunto de vacinas, nomeadamente sobre a da Janssen, podemos ter um problema de perder para o plano nacional 3,6 milhões de vacinas”, indicou o coordenador da task force.
Para além deste problema, há ainda um conjunto de vacinas que vão chegar quase no fim do segundo trimestre, que só poderão ser utilizadas já no terceiro trimestre.
“Esse conjunto de vacinas é um conjunto considerável, são cerca de 1,5 milhão de vacinas”, explicou Henrique Gouveia e Melo.
Até esta quarta-feira, dia 26 de maio, já foram administradas em Portugal continental 5,2 milhões de vacinas, das quais 1,8 milhões já são segundas doses com a composição das vacinas da Pfizer, da Moderna, da Astra e da Johnson & Johnson.
“É natural que no fim desta semana” se consiga atingir mais de 85% de pessoas vacinadas na faixa dos 60 aos 69 anos e cerca de 40% nas pessoas dos 50 aos 59 anos, o que significa “uma elevada proteção em termos do que foram as faixas que contribuíram estatisticamente para os internamentos e os óbitos no último ano” de pandemia.
As “boas notícias, é que se tudo correr bem”, se a disponibilidade de vacinas se mantiver, a partir de 6 de junho começa-se a vacinar, com agendamento local, a faixa dos 40 anos.