Covid-19: Quase 6.700 suspeitas de reações adversas à vacina registadas em Portugal 804

Até à data de 30 de maio, registaram-se, em Portugal, 6.695 reações adversas às vacinas contra a covid-19, o que se traduz numa permilagem de ocorrência de 1,2%.

Os dados são da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), que avança ainda que foram administradas em Portugal continental e Regiões Autónomas 5.790.080 de vacinas contra a covid-19, compostas pela Comirnaty, Vaxzevria, Moderna e Janssen, e destas registou 44 notificações de casos de morte em idosos com outras comorbilidades e em que não está demonstrada a relação causal com a vacina administrada.

O relatório indica ainda que foram notificadas 6.995 reações adversas, sendo 68,3% referentes à vacina da Pfizer-BioNtech, com 4.782 casos, seguindo-se a da AstraZeneca (Vaxzevria) com 1.509, a da Moderna com 387, e a da Janssen com 17 casos.

“Por cada 1.000 doses administradas foram comunicadas 1,21 reações no caso da Pfizer (Comirnaty), 1,24 no caso da AstraZeneca (Vaxzevria), 0,74 referentes à Moderna e 0,16 à vacina da Janssen”, explica o Infarmed no documento.

Das reações registadas, 3.957 referem-se a casos não graves (59,1%) e 2.738 a casos graves (40,9%), indicando que a maior parte (90%) das reações adversas a medicamentos classificadas como graves se referem a “casos de incapacidade, maioritariamente temporária”.

A maioria das reações notificadas foram registadas em mulheres (4,712) e, por faixas etárias, aquela que mais notificações tem é a dos 30 aos 49 anos.

As 10 reações mais notificadas referem-se a casos de reação no local de injeção (3.250); dores musculares ou nas articulações (3.007); dores de cabeça (1.964); febre (1.800); astenia, fraqueza ou fadiga (1.123); náuseas (773); tremores (687); alterações/aumento dos gânglios (569); eritema/eczema ou erupção (481); e parestesias (400).

“Ao longo do tempo, o número de casos de suspeitas de reações adversas a uma vacina contra a covid-19 tem aumentado, mas se considerarmos o número de administrações de vacinas para o mesmo período, esse número tem diminuído, quer no caso de considerarmos o
número total de casos, quer no caso de casos graves”, indica o Infarmed no documento.

A Autoridade para o Medicamento sublinha ainda que “a notificação no âmbito do Sistema Nacional de Farmacovigilância não pressupõe necessariamente a existência de uma relação causal com a vacina administrada” e que a vacinação contra a covid-19 “é a intervenção de saúde pública mais efetiva para reduzir o número de casos de doença grave e morte originados por esta pandemia”.

Pode consultar o “Relatório de Farmacovigilância: Monitorização da segurança das vacinas contra a covid-19 em Portugal” aqui.