De acordo com a Gilead Sciences, o medicamento antiviral injetável Remdesivir vai estar disponível na próxima semana nos Estados Unidos, para alguns dos doentes mais graves com covid-19.
A semana passada, o o regulador do medicamento norte-americano emitiu uma “autorização de emergência” para tratar com Remdesivir os doentes com covid-19 mais graves, apesar de estudos científicos realçarem que a sua eficácia não é clara para o tratamento da doença respiratória aguda.
O laboratório disponibilizou ao governo norte-americano 1,5 milhões de frascos de Remdesivir que tinha em reserva, mas pretende exportar o medicamento para países que aprovem o seu uso para o tratamento da covid-19.
Segundo a farmacêutica, estes 1,5 milhões de frascos permite fazer entre 100 mil a 200 mil tratamentos, consoante o medicamento é administrado durante cinco ou dez dias.
O laboratório está a analisar a hipótese de desenvolver formas de administração subcutânea ou inalada do medicamento, para que possa ser utilizado por mais doentes, além dos mais graves e hospitalizados.
A Gilead Sciences espera produzir cerca de 140.000 unidades de tratamento até ao final de maio e um milhão até dezembro, planeando “ser capaz de produzir vários milhões” em 2021.
Em Portugal, este medicamento foi indicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) para tratar doentes com covid-19 mais graves que estão internados nas unidades de cuidados intensivos hospitalares.
O Remdesivir foi desenvolvido pela multinacional farmacêutica norte-americana Gilead Sciences para tratar doenças como Ébola e Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS) também ela um coronavírus mas diferente do da covid-19.