Covid-19: Sociedade de Pneumologia sugere máscaras cirúrgicas obrigatórias 661

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) emitiu um comunicado a alertar para a pouca eficácia das máscaras caseiras na proteção do novo coronavírus, sobretudo a nova variante, e sugere a obrigatoriedade de utilização de máscaras cirúrgicas.

Este comunicado surge após o noticiado por vários países europeus, entre os quais a França, a Alemanha e a Áustria, que estão a proibir a “utilização de máscaras comunitárias, muitas delas de fabrico caseiro e sem qualquer controlo de qualidade ou certificação”, indica a nota.

A SPP chama a atenção para a falta de eficácia de algumas máscaras.

“Algumas máscaras caseiras, geralmente feitas em vários tipos de tecido (lavadas e reutilizadas múltiplas vezes), também chamadas de máscaras comunitárias, podem não ter a eficácia desejada na prevenção da propagação e inalação de gotículas e da contaminação por microrganismos”, indica o comunicado.

Por isso, deverão ser usadas as máscaras cirúrgicas que “protegem da disseminação e/ou inalação de gotículas e têm uma capacidade de bloqueio igual ou superior a 95%. São, por isso, eficazes na filtração de partículas potencialmente infeciosas e indicadas para utilização em espaços públicos abertos e fechados, nomeadamente, lojas, transportes públicos ou na rua”.

Nos contextos de maior risco, como de cuidadores de doentes ou famílias com elementos infetados por covid-19, deverá ser equacionado o uso de máscaras FFP-2.

“As máscaras FFP-2 são utilizadas em ambiente de maior exposição aos agentes patogénicos, nomeadamente em ambiente hospitalar, na execução de procedimentos médicos que implicam maior risco”, adianta.

A SPP indica ainda que “o uso de máscara não substituiu as restantes medidas e o distanciamento físico, desinfeção e adequada ventilação dos espaços fechados são igualmente fundamentais”, e que “deverá ser considerada a obrigatoriedade de uso de máscaras cirúrgicas, podendo ser considerado, apenas em alternativa, o uso de máscaras comunitárias certificadas pelo CITEVE que, cumprindo os critérios de filtração de partículas, respirabilidade e boa adesão à face e nariz, conferem uma proteção comparável”.

A Sociedade Portuguesa de Pneumologia reforça ainda que as “máscaras são dispositivos médicos que cobrem a boca, nariz e queixo, constituindo uma barreira que limita a contaminação por microrganismos, ajudando a reduzir e/ou controlar a propagação e inalação de gotículas da pessoa que usa este dispositivo”.

E que a sua “correta utilização é uma das medidas mais eficazes para a prevenção da infeção por covid-19, daí a importância de seguirmos a recomendação das autoridades de saúde para a utilização de máscara em todos os espaços públicos abertos ou fechados”.