De acordo com dados divulgados pelo Instituto de Investigação Gamaleya e pelo Fundo de Investimentos Diretos Russo (FIDR), a vacina russa Sputnik V, contra a covid-19, mostrou uma eficácia de 91,4% na terceira e última fase de testes clínicos.
Os resultados mostram que nas análises realizadas em 22.714 voluntários, após 21 dias da inoculação da primeira dose da vacina ou do placebo, foram detetados 78 infetados, 62 entre os que receberam o placebo e 16 entre os que foram vacinados. Os ensaios clínicos registaram ainda 20 casos graves entre aqueles que foram tratados com placebo e nenhum no grupo que foi vacinado.
Os únicos efeitos adversos detetados, num curto período, em alguns dos voluntários foram febre, fadiga, fraqueza e dor de cabeça.
Segundo o diretor do Instituto Gamaleya, Alexandr Gintsburg, estes dados “permitem afirmar com certeza que a Sputnik V é altamente eficaz e totalmente segura para a saúde”.
O comunicado indica ainda que os dados sobre os ensaios clínicos serão disponibilizados em publicações científicas internacionais e o FIDR elaborará um relatório que servirá para solicitar o “registo acelerado” da vacina Sputnik V em diversos países.
A AstraZeneca anunciou que começará “em breve” a investigação da combinação de sua vacina contra a covid-19 com a Sputnik V para aumentar sua eficácia.