O aumento do ritmo de vacinação contra a covid-19 a partir do segundo trimestre deve contemplar a inclusão de outras plataformas, como centros de vacinação e farmácias comunitárias, admitiu a ministra da Saúde, Marta Temido.
“Estamos a equacionar a utilização de centros de vacinação”, afirmou a governante no final da reunião no Infarmed, em Lisboa, entre especialistas, governantes e o Presidente da República sobre a evolução da pandemia.
“Adicionalmente, a vacinação noutros pontos – as farmácias comunitárias -, será num momento que não este, em que ainda nos confrontamos com escassez de vacinas e condicionalismos referentes ao próprio armazenamento e distribuição”, completou.
De acordo com Marta Temido, o plano de vacinação “continua a correr conforme planeado”, reiterando que os números transmitidos, na segunda-feira, dia 22, pelo coordenador da ‘taskforce’, o vice-almirante Gouveia e Melo, permitem a Portugal manter-se “em linha com os objetivos europeus” para este ano.
“Desde logo, garantir que no final do primeiro trimestre conseguimos ter 80% das pessoas com mais de 80 anos e das pessoas que trabalham no setor da saúde ou no setor social no apoio a cidadãos vulneráveis vacinadas; depois, até ao final do verão, termos 70% dos nossos cidadãos vacinados”, observou.
Na reunião do Infarmed, Gouveia e Melo notou que se se confirmarem as expectativas de entregas de vacinas para os próximos meses, o país poderá avançar para um ritmo de 100 mil inoculações diárias e que, perante a concretização dessa maior velocidade, a imunidade de grupo – em torno dos 70% da população – poderia ser alcançada já em agosto.