A task force da vacinação contra a covid-19 solicitou à Direção-Geral da Saúde (DGS) a redução do intervalo entre primeiras e segundas doses, a fim de aumentar mais rapidamente a proteção da população.
O anúncio foi feito pelo coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo, aquando do ponto de situação sobre a vacinação.
“Pedimos à DGS para encurtar o intervalo para as segundas doses, porque, uma vez que vamos avançando nas primeiras doses para percentagens quase finais de vacinação, é importante reduzir o intervalo para as segundas doses dentro do que são as recomendações das vacinas, porque, ao fazermos essa redução, aumentamos fortemente a proteção contra o vírus”, explicou.
Henrique Gouveia e Melo destacou também o impacto deste processo na incidência de novos casos.
“Em termos de influência da vacinação na incidência, (…) há uma correlação geográfica. A vacinação condiciona a incidência e isto é bastante positivo, porque conforme vamos avançando na vacinação, o vírus tem menos margem de manobra”, indicou, adiantando que espera que a partir do final de agosto, 70% da população já tenha a vacinação completa, o que vai fazer com que “a incidência tenha uma grande quebra”.
Henrique Gouveia e Melo agradeceu ainda aos cerca de 4.700 profissionais envolvidos no processo de vacinação, mas avisou que o ritmo não pode abrandar até ao final do verão.
“Há uma corrida entre o ritmo de vacinação e a incidência e nós estamos a ganhar essa corrida, mas não podemos folgar este ritmo, porque isso é “dar oxigénio” ao vírus e temos de continuar a um ritmo muito elevado”, afirmou.
O coordenador da task force revelou ainda que já foram vacinados contra a covid-19 pelo menos 255.888 cidadãos estrangeiros.