Dashboard COVID-19 Insights: “Portugal já ultrapassou pico de novos casos” 527

Os modelos do Dashboard COVID-19 Insights, uma iniciativa da COTEC Portugal e NOVA Information Management School (NOVA IMS), indicam que o pico da incidência da Covid-19 já terá sido ultrapassado, tendo ocorrido por volta do dia 28 de janeiro, com uma média móvel a sete dias de 12.800 casos diários.

O mesmo estudo garante que o pico da prevalência estará, também, a ser ultrapassado esta semana com cerca de 182.000 casos ativos.

A COVID-19 Insights COTEC-NOVA-IMS, plataforma que disponibiliza e analisa informação referente à pandemia e aos seus impactos, com recurso a métodos analíticos avançados, apontava o pico da incidência para o período de 28 a 30 de janeiro, com cerca de 12.500 novos casos diários.

Para 7 de fevereiro, as previsões do dashboard COVID-19 Insights apontam para o recuo da prevalência da infeção até aos 160.000 casos, como a previsão de que o número total de mortes deverá ascender a 13.700 (o máximo terá sido atingido a 30 de janeiro com cerca de 300 mortes/dia).

Além disso, o número de internados é estimado em 5.900, dos quais 825 em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), atendendo às atuais restrições ao nível da capacidade instalada.

“Sem restrições ao nível da capacidade instalada, a nossa previsão para o número de internados seria de 7.300, dos quais 1.065 em UCI. Naturalmente que as restrições existentes impõem alterações aos critérios de internamento e em particular de internamento em UCI levando a que, a 7 de fevereiro, se esperem em UCI cerca de menos 240 internados do que aqueles que seriam esperar com base nos critérios anteriormente aplicados”, explica Pedro Simões Coelho.

“O Rt está neste momento ligeiramente abaixo de 1 e só deverá descer abaixo de 0.8 na segunda metade de fevereiro, altura em que deveremos atingir a barreira de segurança dos 5.000 casos diários”, nota, ainda, o coordenador científico do projeto.

A alteração das medidas de confinamento, nomeadamente as associadas ao encerramento das atividades escolares presenciais e a consequente redução de mobilidade, terão contribuído para uma diminuição da taxa de transmissibilidade do vírus em 35% a 40%, no espaço de uma semana. Na primeira semana de confinamento, o seu efeito terá sido de apenas 30-40% do sentido em março e abril de 2020 (relação entre as taxas de queda de transmissibilidade), sendo que, atualmente, se aproxima já do primeiro confinamento, com um efeito 80% a 90% do anterior.

No final de janeiro, a mobilidade em locais de retalho e de diversão era de cerca de 90% da verificada no início de abril de 2020 (durante o primeiro confinamento). A redução de utilização de transportes públicos e de presença em locais de trabalho é igualmente de cerca de 80% da verificada nessa data. Já a presença em zonas residenciais é de cerca de 90% da verificada em abril.