Num debate organizado pela ANF, com transmissão em direto no ANFOnline, Paulo Silva, diretor da revista FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO, moderou, ontem à noite, a única oportunidade em que Ema Paulino (Lista A) e Nuno Vasco Lopes (Lista F) se encontraram frente a frente, precedendo aquele que será um momento de viragem na vida associativa dos proprietários de Farmácia.
A convocação de eleições antecipadas fez emergir duas listas candidatas aos órgãos sociais da ANF, encabeçadas por Ema Paulino e Nuno Vasco Lopes. São ambos amplamente conhecidos entre os colegas e ambos querem assumir a presidência da próxima direção. Mas apenas um vingará a 29 de maio.
Em quase uma hora e meia de debate, foram abordados os grandes temas do momento, ligados ao universo associativo. Entre eles estiveram a escolha das equipas que compõem cada uma das listas concorrentes, a revisão estatutária, o plano económico-financeiro, o universo empresarial e as medidas a implementar na defesa das farmácias, sendo que o universo empresarial acabou por dominar grande parte do debate, com Ema Paulino a dirigir várias questões – e críticas à direção cessante – e com Nuno Vasco Lopes, assumindo um papel de candidato de continuidade, e rebatendo, já que integra a atual direção, as falhas apontadas pela candidata da Lista A.
A performance e gestão do universo empresarial da ANF foi, provavelmente, o assunto que mais divergências expôs entre os candidatos, mas tanto Ema Paulino como Nuno Vasco Lopes foram unânimes em defender que, em caso de derrota, irão adotar uma postura de unidade em prol das farmácias.
Numa mensagem final aos associados, Ema Paulino destacou a “situação gravíssima em que se encontra a ANF” e reforçou a convicção de que o atual plano económico-financeiro não defende os interesses das farmácias, já que integra “uma reestruturação financeira que coloca nas mãos da Banca o nosso futuro coletivo”. Disse ainda que a sua “candidatura representa uma mudança pensada, que achamos que vai reequilibrar as contas da ANF, aproximar a associação de todos os associados, separar o universo associativo do empresarial, colocar a ANF ao serviço das farmácias e devolver poder de influência à ANF”.
Na sua declaração, Nuno Vasco Lopes começou por afirmar que “nós não alinhamos em estratégias catastrofistas para a nossa associação que só prejudicam o ativo de todos nós”. Destacou a sua “campanha próxima das pessoas, das farmácias”, vincando a importância de “conhecer a realidade das farmácias presencialmente”. Concluiu afirmando que a sua intenção é “defender a rede das farmácias, o nosso principal ativo, queremos defender a sustentabilidade e economia da farmácia”.
Ambos os candidatos serão ainda entrevistados pelo nosso Portal, estando as entrevistas disponíveis na próxima semana. Fiquem atentos.