Deco Proteste contra aumento dos preços dos medicamentos 749

A Deco Proteste discorda do aumento dos preços dos medicamentos mais baratos, anunciado em janeiro pelo Ministério da Saúde, e propõe alternativas em defesa dos consumidores.

Discordando da solução apresentada em portaria que decreta a revisão dos medicamentos e estipula aumentos de 5% no preço dos medicamentos até 10 euros e 2% nos medicamentos entre 10 e 15 euros, publicada a 26 de janeiro, a Deco “lembra que o custo de vida também aumentou para os consumidores no mesmo período”.

A entidade explica que, “só em medicamentos, a despesa dos consumidores aumentou 7,5% em 2022”, e reitera que “não pode ser sempre o consumidor a suportar os aumentos de custos nas várias cadeias de produção”.

No seu site, a Deco Proteste questiona se o aumento do preço dos medicamentos junto do consumidor é, de facto, a melhor solução para combater a escassez de medicamentos nas farmácias e afirma que se “não houver qualquer ajuste na tabela de comparticipações para acompanhar este aumento de preços, a medida anunciada será apenas isso: um aumento de preços”. Aumento esse que, continua, sobrecarga as famílias mais vulneráveis.

Por isso, defende que o combate à escassez de medicamentos nas farmácias passe por “rigorosos planos de gestão de stocks e prevenção de interrupções nos fornecimentos”. Para a Deco, “é urgente obrigar a indústria a reforçar os seus stocks de segurança e a antecipar o reporte de falhas”.

Preços dos medicamentos mais baratos aumentam 5% para evitar ruturas

Alega não existir total transparência sobre as verdadeiras causas da escassez de medicamentos, para exigir que “toda a informação seja devidamente reportada em bases de dados públicas, cabendo às entidades reguladoras estabelecer as regras de atuação dos operadores sempre que as cadeias de abastecimento são interrompidas”.