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Descobertas novas formas de luta contra doenças autoimunes debilitantes

04 de setembro de 2014

Investigadores da Universidade britânica de Bristol anunciaram ontem uma importante descoberta na luta contra as doenças autoimunes debilitantes, nomeadamente a esclerose múltipla, ao revelar como parar as células que atacam o tecido de um corpo saudável.

 

A revista “ScienceDaily” refere que a equipa de pesquisadores descobriu como converter as células que agem como agressoras em protetoras contra a doença.

 

De acordo com a publicação científica, esta é uma descoberta que pode levar à utilização generalizada de imunoterapia específica de antigénio – substância que estimula a produção de anticorpos contra agressões – para o tratamento de muitas doenças autoimunes, incluindo a esclerose múltipla (MS), diabetes do tipo 1, doença de Graves, e lúpus eritematoso sistémico (LES).

 

Para o investigador David Wraith, que liderou a pesquisa, «a compreensão das bases moleculares da imunoterapia específica de antigénio abre novas e excitantes oportunidades para aumentar a seletividade da abordagem ao fornecer marcadores preciosos para medir tratamento eficaz. Estas conclusões têm implicações importantes para os muitos pacientes que sofrem de doenças autoimunes difíceis de tratar», citou a “Lusa”.

 

A equipa de investigadores da Universidade de Bristol revelou como a administração de fragmentos de proteínas que normalmente são o alvo para o ataque leva à correção da resposta autoimune, em que as células reagem contra o próprio corpo.

 

Este tipo de conversão tem sido aplicada às alergias, conhecidos como «dessensibilização alérgica», mas a sua aplicação às doenças autoimunes terá sido feita apenas recentemente.