Despesa com medicamentos órfãos aumentou 94% em sete anos 02 de Fevereiero de 2016 A despesa com medicamentos órfãos, destinados às doenças raras, aumentou 94% entre 2007 e 2014, quando representava já 7,8% dos encargos hospitalares com medicamentos, segundo um estudo do INFARMED. Em Portugal, estes fármacos são usados essencialmente em meio hospitalar e a despesa do SNS tem aumentado entre 2007 e 2014, com exceção de 2011 para 2012 por perda de designação de um medicamento órfão específico, segundo a agência “Lusa”. Segundo o estudo do INFARMED, em 2014 a despesa com medicamentos órfãos foi de 74,9 milhões de euros, representando 7,8% dos encargos hospitalares com medicamentos. A análise por terapêutica reflete que a área oncológica foi a que mais pesou nos encargos com medicamentos órfãos, com uma fatia de 38% em 2014. «Desta breve análise conclui-se que existe um incremento da despesa com medicamentos órfãos devido à aprovação de medicamentos com a designação de órfãos e ao aumento da sua acessibilidade nos hospitais do SNS», refere o INFARMED. Segundo a Agência Europeia do Medicamento, estima-se que existam entre cinco a oito mil doenças raras, afetando entre seis a oito por cento da população da União Europeia. A Comissão Europeia criou em 2000 um regulamento para dar incentivos ao desenvolvimento de fármacos órfãos, tendo contribuído para o aumento da investigação na área das doenças raras. Assim, o número de medicamentos com a designação de órfãos tem vindo a aumentar desde 2002. |