17 de Fevereiro de 2016 No ano passado, as despesas com medicamentos para o cancro aumentaram substancialmente. No primeiro semestre de 2015, foram gastos mais de 18 milhões de euros do que em 2014. O facto de mais doentes receberem tratamentos e de serem utilizados medicamentos inovadores e mais dispendiosos contribui para este aumento, explicou Nuno Miranda, diretor do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas. «Em 2015, foi visível um primeiro grande aumento da despesa. No primeiro semestre, passámos de 187 para 205 milhões de euros, mais 9,8% do que no primeiro semestre de 2014, mas até ao final do ano essa subida será de cerca de 12%», calcula o médico, citado pelo “DN”. O INFARMED refere que até outubro houve uma subida de 12% nas despesas com antineoplásicos, para 196 milhões, um valor mais reduzido «por não incluir a totalidade das áreas». Depois de anos em que a despesa esteve controlada, de 2011 a 2013, registou-se uma ligeira subida dos gastos em 2014, agora com um maior peso. «Vamos ter cada vez mais doentes e pode ser difícil de comportar esta despesa. Temos de pensar bem no que temos disponível, em tratar o que afeta mais pessoas, é mais incapacitante ou causa mais sofrimento. A pressão é grande e temo que possam ser incomportáveis para toda a gente se não forem controlados, o que está a acontecer», lembrou Nuno Miranda. |