14% Das crianças com 13 meses não estavam, em 2018, vacinadas contra o sarampo e a meningite C, quando a idade recomendada da primeira dose é aos 12 meses. Os dados foram avançados pela DGS.
Os números publicados no Boletim do Programa Nacional de Vacinação (PNV) 2018, indicam que 97% das crianças, aos três meses de idade, já tinham cumprido em 2018 as recomendações das vacinas contra a pneumonia e tosse convulsa, «no entanto, aos 13 meses de idade, 14% das crianças ainda não estavam protegidas contra o sarampo, nem contra a doença invasiva Neisseria meningitidis C», menciona o boletim publicado no site da DGS.
Comparativamente com os resultados de 2017, verifica-se, ainda assim, um aumento no cumprimento da vacinação dentro do tempo recomendado aos três e 13 meses de idade, refere o boletim. Nas crianças vacinadas até aos 13 meses, este aumento foi de 2% e 1% na vacinação contra o sarampo e contra a meningite C, respetivamente.
Na avaliação anual efetuada sobre o cumprimento do Programa Nacional de Vacinação para verificar o cumprimento das metas, observou-se em 2018 «um aumento das coberturas vacinais em relação aos valores do ano anterior, para todas as vacinas, doses e idades avaliadas». Todas as vacinas e doses avaliadas até aos sete anos atingiram o objetivo de 95% de cobertura.
Relativamente à vacinação contra o sarampo, o boletim refere que a cobertura para a primeira dose, analisada aos dois anos, foi de 99% em 2018. Já a cobertura vacinal para a segunda dose, entre os seis e os 18 anos, varia entre 96% e 98%. «Estas coberturas vacinais permitem manter o cumprimento dos objetivos do Programa Nacional de Eliminação do Sarampo e dos requisitos internacionais», é concluído.
Segundo a DGS, a campanha de “repescagem” de vacinação contra o sarampo, iniciada em 2017, continua a manifestar bons resultados nos utentes até aos 18 anos, principalmente nas áreas geográficas onde as coberturas eram inferiores.
No que concerne à vacinação contra infeções por papiloma vírus humano, o estudo revela que em 2018, a cobertura vacinal revelou «os valores mais elevados de sempre, atingindo os 90%, para duas doses, dois anos após o início da vacinação e chegando aos 94% aos 14 anos».
Os dados indicam ainda que cerca de 85% das mulheres grávidas tenham sido vacinadas contra a tosse convulsa no ano passado, revelando um «evidente aumento» relativamente a 2017.
O documento atribui os resultados alcançados a vários fatores como um “maior investimento nas atividades relacionadas com a vacinação em todo o país”, uma “maior procura da vacinação, fruto dos surtos de sarampo e das campanhas de sensibilização realizadas” e uma otimização dos registos da vacinação.
Nos último dois anos, o risco de infeção por sarampo aumentou a nível internacional, especialmente na Europa, devido à diminuição da cobertura vacinal e à crescente circulação das pessoas.