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DGS admite dificuldades na implementação de rastreios oncológicos

03 de dezembro de 2014

Existem grandes dificuldades em realizar rastreios oncológicos que deviam ser feitos a toda a população em certas idades, revela um relatório publicado pela Direção-Geral de Saúde. A DGS considera a situação «particularmente crítica» em dois tipos de cancro.

De acordo com a “TSF”, o rastreio de base populacional do cancro do cólon e reto devia chegar a todos os homens e mulheres com idades entre os 50 e os 69 anos, o que se traduz em mais de 2 milhões e meio de portugueses. No entanto, na prática, apenas está ao alcance de 2,1% da população nesta faixa etária e só é feito por 1,3% desta fatia da população portuguesa.

Quanto aos tumores no colo do útero, os números são ainda mais elevados. Das mulheres com idades entre os 25 e os 64 anos que deviam realizar exames para detetar a presença de tumores, apenas 14% passaram por um programa de base populacional.

A taxa de rastreio relativa ao cancro da mama é a que tem números mais elevados. Em 2013, 41% das mulheres em idades críticas, realizaram exames.

Segundo a DGS, estes valores devem-se essencialmente a problemas na organização e logística e à falta de dinheiro e de recursos humanos.