A campanha de vacinação da covid-19, que arranca na quarta-feira, vai utilizar já as vacinas adaptadas à variante Ómicron e que foram aprovadas quinta-feira pelo regulador europeu (EMA), anunciou esta sexta-feira a diretora-geral da Saúde.
“Nesta campanha, desde o início, serão utilizadas as vacinas adaptadas contra a covid-19, contendo a estirpe original e a variante Ómicron, aprovadas ontem (quinta-feira) pela EMA, dado que essas vacinas têm um perfil de eficácia e segurança adaptado às atuais variantes do SARS-CoV-2 em circulação”, avançou Graça Freitas.
Na conferência de imprensa para apresentação da campanha de vacinação contra a gripe e a covid-19, a diretora-geral adiantou ainda que, para vacinação primária contra o coronavírus SARS-CoV-2, continuarão a ser utilizadas as vacinas originais.
A EMA deu `luz verde´ na quinta-feira a duas vacinas adaptadas para reforçar a proteção contra a covid-19 das farmacêuticas Pfizer e Moderna, que estão recomendadas para reforço da vacinação de pessoas a partir dos 12 anos na União Europeia.
Em relação à gripe, Graça Freitas adiantou que será utilizada pela primeira vez uma vacina de dose elevada, com uma composição antigénica quatro vezes superior à fórmula padrão, o que lhe confere uma eficácia superior.
Estas vacinas serão utilizadas para imunizar as pessoas mais vulneráveis, como os residentes em lares de idosos, explicou.
Quanto à covid-19, a vacina será administrada pelo menos com três meses de intervalo da última dose ou da infeção, referiu ainda Graça Freitas, ao salientar que as pessoas elegíveis para a “vacina sazonal fazem apenas esta dose, independentemente dos reforços efetuados no passado”.
“Basta ter as duas doses iniciais e, depois, é a vacinação sazonal, como se faz para a gripe”, disse a diretora-geral da Saúde.
A campanha de imunização contra covid-19 inicia-se com a vacinação dos grupos das pessoas com 80 ou mais anos e com doenças.
Vão ser vacinados contra o SARS-CoV-2 os seguintes grupos: pessoas com 60 ou mais anos, residentes e profissionais de lares de idosos e da rede de cuidados continuados, pessoas com 12 ou mais anos com doenças de risco definidas na norma da DGS, grávidas com 18 ou mais anos e também com patologias, profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados.
Quanto à vacinação da gripe, de acordo com Graça Freitas, a campanha apresenta “algumas pequenas diferenças” ao nível dos grupos elegíveis.
“Vamos vacinar pessoas com 65 ou mais anos de idade, utentes de lares de idosos e da rede nacional de cuidados continuados. Para as patologias, a vacina da gripe permite a vacinação de pessoas com seis ou mais meses de idade, as grávidas sem limite de idade e profissionais de saúde”, referiu.