A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu uma informação a definir procedimentos para reportar casos suspeitos de hepatite aguda de origem desconhecida em crianças.
Esta informação da DGS surge depois do alerta do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o surgimento de casos de hepatite aguda em crianças sem causa conhecida, registados em vários países.
“O ECDC e a OMS emitiram um alerta de que se encontram em curso investigações em todos os países que relataram casos de hepatite aguda de etiologia desconhecida em idade pediátrica”, indica a nota divulgada.
De acordo com a informação disponibilizada, “O quadro clínico mais comum inicia-se com sintomas gastrointestinais, incluindo dor abdominal, diarreia e vómitos antes da apresentação de icterícia, sempre no contexto do aumento da Aspartato Aminotransferase (AST) ou Alanina Aminotransferase (ALT) acima de 500 UI/L. Em nenhum dos casos foram detetados vírus da hepatite A, B, C, D ou E”.
Estes casos de hepatite aguda têm sido detetados em crianças e jovens com idades que “variam entre 1 mês e 16 anos, tendo sido registada a necessidade de transplante hepático em cerca de 10% dos casos”.
A definição de caso provável cumpre quatro condições: o doente ter 16 ou menos anos, apresentar hepatite aguda não com origem nos vírus A, B, C, D e E, ser um caso a partir de 1 de outubro de 2021 e ter as enzimas AST ou ALT com valores considerados elevados (acima de 500 UI/L).
Em caso suspeito, o médico deverá proceder à comunicação ao Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE), uma informação será depois partilhada com a autoridade de saúde territorialmente competente para que prossiga com a realização do inquérito epidemiológico.
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