A Direção-Geral da Saúde (DGS) emitiu uma norma sobre a vacinação de crianças pertencentes a grupos de risco contra gastroenterite por rotavírus.
“Ouvida a Comissão Técnica de Vacinação (CTV) e peritos do seu grupo alargado, bem como a Sociedade Portuguesa de Pediatria, foi decidido considerar como grupos de risco para vacinação contra rotavírus crianças pré-termo, de baixo peso e portadoras de doenças graves, diagnosticadas à data do início da vacinação, uma vez que possuem risco acrescido de internamentos prolongados e repetidos, havendo potencial para transmissão nosocomial e doença grave por rotavírus”, indica a norma.
Ao abrigo desta norma são consideradas pertencentes aos grupos de risco as crianças com doença cardiovascular grave, doença hereditária do metabolismo, doença hepática, doença renal e doença neurológica, assim como com baixo peso à nascença, hiperplasia suprarrenal congénita, fibrose quística e insuficiência respiratória crónica do lactente.
Atualmente estão disponíveis no mercado português duas vacinas contra a gastroenterite por rotavírus: a Rotarix e a Rotateq.
Entre 2010 e 2017, são internadas por ano, cerca de 615 crianças com gastroenterite por rotavírus. A maioria desses internamentos hospitalares ocorreram em crianças com menos de 2 anos e foram de curta duração, com uma média de três a quatro dias, e não se registaram mortes atribuídas a doença por rotavírus nesta faixa etária.