DGS: Oscilação de temperaturas em Portugal são normais e sem impacto para saúde
15 de julho de 2014
A subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse hoje à “Lusa” que as variações de temperaturas registadas nas últimas semanas em Portugal não têm impacto na saúde humana e estão dentro do esperado para a época do ano.
«As variações bruscas e de grande amplitude podem, de facto, ter impacto negativo na saúde humana, mas neste momento o que se está a passar em Portugal está dentro do esperado para esta época do ano», disse.
De acordo com Graça Freitas, as oscilações de temperaturas registadas nas últimas semanas em Portugal são moderadas e não extremas.
«Nós temos mecanismos de termo-regulação que funcionam em função da temperatura exterior e esses mecanismos têm de se ir adaptando a estas diferenças. Em Portugal, as temperaturas não têm uma magnitude que justifique grandes impactos na saúde», salientou.
Na opinião da subdiretora-geral da Saúde, uma descida de temperatura por exemplo da ordem dos 10 graus centígrados «não é assim tão anormal».
«Não estou a dizer que os nossos mecanismos térmicos não tenham de se adaptar a essa variação, mas, neste momento, a variação está dentro do esperado para esta época do ano. Nós adaptamo-nos [a essas variações], como nos adaptamos à noite e ao dia quando mudamos para um país diferente», esclareceu.
Segundo a responsável, uma variação acima do normal seria, por exemplo, se a temperatura máxima subisse aos 40 graus e depois repentinamente caísse para os 28º, porque 40º é «muito acima do normal».
«Não estamos a falar de casos como o que aconteceu na segunda-feira na Sibéria, onde se registavam 40 graus e as temperaturas baixaram abruptamente e começou a cair granizo. Estes são fenómenos extremos e pontuais como os tornados nos Estados Unidos, mas depois tudo volta à normalidade», contou.