Dia Internacional do Microrganismo junta centenas de estudantes 192

De forma a assinalar o Dia Internacional do Microrganismo que se comemora anualmente a 17 de setembro, a Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica no Porto – única faculdade que leciona uma licenciatura em microbiologia em Portugal – vai realizar no dia 23 de setembro atividades relacionadas com micróbios. Esta iniciativa para alunos do 5º ao 12º ano pretende divulgar a diversidade, presença, impacto e potencial dos diferentes tipos de seres vivos invisíveis que estão presentes em todo o lado, desde o meio ambiente à alimentação e à saúde. Os alunos inscritos terão ainda a oportunidade de participar num concurso sobre os seus conhecimentos. As inscrições são gratuitas, decorrem até ao dia 16 de setembro.

A vida em geral, e a existência humana em particular, não seriam possíveis sem os mais variados microrganismos. No entanto, a cultura dominante ensina-nos que temos de esterilizar o máximo do nosso ambiente, como se todos fossem agentes patogénicos (e como se, mesmo os patogénicos, pudessem ser controlados criando desertos microbiológicos). A pandemia só veio acentuar essa perspetiva que, não só não funciona, como está cientificamente errada. É precisamente para desmistificar o mundo dos micróbios que os alunos do básico e secundário poderão conhecer bem de perto alguns exemplos práticos dos muitos milhões de espécies existentes, entre bactérias, vírus, fungos, microalgas e protozoários.

No final da visita, que tem uma duração de aproximadamente 2h30 de circulação por entre as várias bancas com atividades relacionadas com micróbios no ambiente (água e solo), na alimentação (produção de alimentos e segurança alimentar) e na saúde (microbioma intestinal e da pele), decorrerá ainda um concurso onde os participantes podem ganhar prémios pela sua compreensão desta dimensão tão vasta da vida.

O Dia Internacional do Microrganismo celebra-se todos os anos a 17 de setembro – o dia foi escolhido por corresponder à data, em 1683, em que pela primeira vez (que se saiba) estes seres foram descritos por escrito numa carta à Real Sociedade de Londres pelo holandês Antonie van Leeuwenhoek.