Hoje comemora-se o Dia Mundial das Hepatites Virais.
O dia tem como objetivo clarificar aspetos referentes à infeção, sensibilizar para a necessidade de investir na prevenção e informar os doentes, os seus familiares e a população em geral.
Foi em 2010 que a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu esta data como o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais. A iniciativa da OMS conta com a colaboração da Aliança Mundial das Hepatites (World Hepatitis Alliance) e em Portugal da Direção-Geral da Saúde, que criou em 2015 a Estratégia Nacional para as Hepatites Virais, em paralelo com o Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida.
A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode desaparecer espontaneamente ou progredir para fibrose (cicatrizes), cirrose ou cancro do fígado. Os vírus da hepatite são a causa mais comum de hepatite no mundo, mas a doença pode também ser causada por substâncias como álcool, alguns medicamentos, e por doenças autoimunes.
Existem cinco tipos de infeções por hepatites: A, B, C, D, e E.
As hepatites A e E são geralmente causadas por ingestão de alimentos ou de água contaminados, enquanto as hepatites B, C e D derivam do contacto com fluidos corporais infetados. A transmissão mais comum dos últimos tipos é através do sangue (como transfusões), produtos sanguíneos contaminados e procedimentos médicos invasivos em que se utilizaram equipamentos contaminados. A hepatite B pode ocorrer também através do contacto sexual.
A infeção pode manifestar-se através de icterícia, urina escura, cansaço intenso, náuseas, vómitos e dor abdominal. O vírus da hepatite pode causar infeções agudas e crónicas, como a inflamação do fígado, que pode levar o paciente a desenvolver cirrose e cancro hepático.
A hepatite tem uma boa hipótese de cura, se diagnosticada precocemente e tratada corretamente.
Mais de 95% das mortes são causadas por infeções crónicas por hepatite B e C, enquanto as hepatites A e E raramente são fatais. A hepatite D é uma infeção adicional de pessoas com hepatite B.