Hoje, dia em que se celebra o Dia Nacional do Farmacêutico, o NETFARMA falou com estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF) para perceber quais foram os seus desafios ao longo do ano e o que acham que merece ser celebrado nesta ocasião.
Para Pedro Teodoro, vice-presidente para os Assuntos Político-Institucionais da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF), “os estudantes de Ciências Farmacêuticas, em Portugal, enfrentam diversos desafios no seu percurso académico, seja pelas mudanças na profissão, com necessidade de adaptação do ensino a uma rápida velocidade, seja pela atualização da legislação que geram mudanças em procedimentos habituais em locais de estágio ou oportunidades de realização de estágios curriculares ou extracurriculares em locais diferenciados”.
Já Luísa Gaspar, a frequentar o quarto ano do MICF, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa (FFUL), aponta como, um desafio (recorrente), “a adaptação às rápidas mudanças que existem no setor, onde adquirir novas competências é fundamental para a nossa capacitação como futuros farmacêuticos”.
Outro desafio, para a jovem, é “a combinação da prática exigente dos estágios e profissão com o ensino teórico provido na faculdade”.
Comemorar a participação nos momentos simbólicos para a profissão
Existem, no entanto, vitórias que Pedro Teodoro acredita “não serem deste ano em específico, mas notoriamente dos últimos anos”, sendo “a proximidade com a profissão a melhor desde sempre, bem como a oportunidade de integrar atividades e eventos da profissão e assim aprender, com profissionais, o seu dia a dia”.
Assim sendo, para o elemento da APEF, “é de extrema importância comemorar a proximidade e as oportunidades que temos enquanto estudantes de participar nos momentos simbólicos para a profissão, bem como em eventos que promovem conhecimento e partilha de experiências”.
Comemorar o que se faz na Farmácia
Mais do que nunca, “o farmacêutico é visto como alguém que está na linha da frente dos cuidados de saúde. É fenomenal a quantidade de cidadãos vacinados contra a gripe e COVID-19 e que o fazem numa farmácia”. Assim sendo, para Luísa Gaspar, “somos vistos como fundamentais para a população e prevejo que, cada vez mais, sejam dadas competências aos farmacêuticos de modo a integrar na totalidade um serviço exemplar de saúde”.
Desta forma, ainda segundo a jovem, “cada estudante deve encarar-se como uma peça essencial para assegurar melhores cuidados aos doentes, contribuindo de forma direta na qualidade de vida dos mesmos.
Celebrar “o início de uma nova era na medicina”
No próximo ano, a estudante gostaria de poder comemorar, no Dia Nacional do Farmacêutico, “a aprovação ou avanços de novos medicamentos e vacinas, especialmente para doenças como Alzheimer, que até agora não têm cura. Seria um enorme avanço ver tratamentos com evidência científica sólida a serem disponibilizados à população, proporcionando esperança e novas opções terapêuticas para doenças até então intransponíveis”. Celebrar este marco “significaria o início de uma nova era na medicina, onde cada vez mais patologias são combatidas com eficácia, e o papel do farmacêutico na sua implementação e monitorização se tornaria ainda mais relevante”, acrescenta.
Quanto a Pedro Teodoro, “enquanto futuro farmacêutico, gostaria de celebrar as conquistas políticas que foram alcançadas ao longo dos últimos dois anos, pela importância que as conquistas atribuem à profissão e à visibilidade da profissão perante a comunidade e outros profissionais de saúde”.
O NETFARMA está a publicar uma série de textos no âmbito do Dia Nacional do Farmacêutico. Leia também o artigo sobre os Farmacêuticos Comunitários, os Farmacêuticos Hospitalares, os Farmacêuticos da Indústria Farmacêutica, e o Bastonário da Ordem dos Farmacêuticos .