14 de novembro de 2014 As doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas foram a quinta causa de morte em 2013, sendo que a diabetes representou cerca de 80% destes óbitos, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados ontem e citados pela “Lusa”. Mais de cinco mil pessoas (5.773) morreram no ano passado em Portugal vítimas de doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, representando 5,4% do total de mortes no país. Três décadas antes, estas doenças representavam 1,6% do total de mortes, acrescenta o relatório. Nesse mesmo ano, a diabetes mellitus esteve na origem de 4,3% das mortes, ou seja, cerca de 80% dos óbitos por doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas. Em números concretos, morreram devido à diabetes 4.546 mil pessoas, 58% das quais eram mulheres (2.636 óbitos). Ainda em 2013, perderam-se 4.683 anos potenciais de vida devido a esta doença, numa média de 7,9 anos de vida, tendo em conta os óbitos de pessoas com menos de 70 anos (595 pessoas). Os anos potenciais de vida perdidos são um indicador da perda que as mortes prematuras representam para a sociedade, refletindo o número de anos perdidos pelas pessoas que morrem antes dos 70 anos. O Alentejo e a Região Autónoma dos Açores foram as regiões mais afetadas, com mais de 60 óbitos por 100 mil habitantes, com destaque para as mulheres (mais de 80 óbitos por 100 mil habitantes). O número total de óbitos por diabetes mellitus mais do que duplicou entre 1983 (1.237 óbitos) e 2013 (4.546 óbitos), registando-se um crescimento médio anual de 4,4% nesse período. O INE destacou que, em proporção, morre-se mais de diabetes mellitus em Portugal do que na União Europeia. |