A diarreia aguda é um dos transtornos intestinais mais frequentes. É mais prevalente nos meses de calor, altura do ano em que as bactérias proliferam mais depressa. É uma das doenças da estação, a par da insolação e da desidratação, e não deve ser menosprezada. Estes microrganismos, invisíveis a olho nu, estão em toda a parte: nos alimentos, superfícies, areias, na água que ingerimos ou onde tomamos banho. Por isso, comer em locais com boas condições de higiene e lavar as mãos com frequência continuam a ser as melhores armas de prevenção para as chamadas diarreias de verão.
A maioria dos casos de diarreia aguda está relacionada com bactérias patogénicas (como a Escherichia coli, Salmonella, Shigella ou a Campylobacter jejuni) ou com vírus (norovírus, rotavírus), mas pode também ser provocada por parasitas. Em qualquer um dos casos, os sintomas são suficientemente incomodativos para atrapalhar o plano de férias: múltiplas idas à casa de banho com fezes líquidas, geralmente associadas a náusea, vómitos, febre ou dor abdominal1.
Quando são ligeiras, as diarreias de verão duram poucos dias. Nos casos mais graves podem levar à desidratação, sobretudo em crianças, idosos e doentes crónicos.
Mas a diarreia é também um sinal de alerta de um desequilíbrio da microbiota intestinal, a que se dá o nome de disbiose e que prejudica o normal funcionamento do intestino. Os probióticos assumem um papel cada vez mais importante no tratamento, não só porque auxiliam no restabelecimento da microbiota intestinal, como contribuem para o funcionamento adequado do sistema imunitário.
O que dizem as sociedades médicas
Entre as estirpes probióticas recomendadas pelas sociedades médicas internacionais de gastroenterologia2 está a Saccharomyces boulardii CNCM I-745, que comprovadamente ajuda a diminuir a duração do episódio de diarreia e promove a recuperação mais rápida e natural.
UL-250 cápsulas é um medicamento probiótico com a levedura viva Saccharomyces boulardii CNCM I-745, uma estirpe naturalmente resistente a antibióticos, com eficácia comprovada no tratamento e na prevenção da diarreia em adultos e crianças a partir dos seis anos1,3. É, por isso, o aliado de verão dos farmacêuticos e das famílias.
O tratamento da diarreia aguda com antibióticos só se justifica se for confirmada origem bacteriana. Se a causa for viral, os antibióticos podem agravar a desregulação da microbiota intestinal e o seu normal funcionamento. Pelo contrário, a toma de probióticos apoia o reequilíbrio da microbiota e limita a extensão e a duração dos sintomas.
Nos casos de diarreia simples (cinco a seis dejeções por dia de fezes moles), sem febre, sem mal-estar excessivo, não é recomendada a deslocação a um serviço de urgência. Ao contrário, deve ser procurado um médico em situações de diarreia prolongada e persistente, ou associada a vómitos repetitivos que impeçam a adequada hidratação e nutrição, febre elevada e persistente, confusão e desorientação, ou se também houver perdas de sangue nas fezes.
Em caso de diarreia aguda, além do probiótico, recomenda-se a reidratação com água e chá de ervas, para serem bebidos com frequência e em pequenas quantidades. Ao mesmo tempo, deve-se evitar alimentos demasiado ricos em fibras ou em gorduras. A reintrodução de alimentos deve ser gradual, para verificar se são bem tolerados.
Referências bibliográficas:
(1) Burande. J Pharmacol Pharmacother. 2013 Jul-Sep; 4(3): 205-208.
(2) Guarner F. et al. Diretrizes Mundiais da Organização Mundial de Gastroenterologia. Probióticos e prebióticos. Fevereiro de 2017. World Gastroenterology Organisation.
(3) McFarland LV. Systematic review and meta-analysis of Saccharomyces boulardii in adult patients. World J Gastroenterol. 2010 May 14;16(18):2202-22. doi: 10.3748/wjg.v16.i18.2202.