Dignitude: Um quarto dos portugueses não acede a medicamentos por questões económicas
22 de janeiro de 2018 Paulo Cleto Duarte, presidente da Associação Dignitude revelou, hoje aos jornalistas, em Coimbra, que um em cada quatro portugueses não tem acesso aos medicamentos que lhe são prescritos por «razões económicas». Estas declarações foram captadas após a assinatura de um protocolo entre a Associação Dignitude e a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), que prevê a implementação do programa abem; Rede Solidária do Medicamento. No âmbito deste protocolo, a ANMP vai colaborar na «implementação de estratégias de mobilização da sociedade civil para os objetivos de filantropia e de solidariedade subjacentes» ao abem, e na promoção e divulgação deste programa junto dos municípios. «A identificação dos municípios com o intuito de os sensibilizar para a missão do programa abem: Rede Solidária do Medicamento, com o objetivo de dinamizar parcerias de base local», é outra das preocupações da Associação de Municípios, no âmbito do mesmo acordo, avançou a “Lusa”. Reafirmando a disponibilidade da ANMP para desenvolver a «cooperação ativa» do poder local com «outras entidades que promovam o bem comum», Manuel Machado disse que a Associação a que preside não deixará de informar e sensibilizar «todos e cada um dos municípios» para o programa, cuja aplicação deve ser feita em função das «características específicas» de cada concelho. A ANMP «assume um papel preponderante de representação dos municípios portugueses» perante «organizações nacionais e internacionais, desenvolvendo estreitos laços de cooperação em matérias de relevante interesse para o poder local e para as populações que este representa», destacou Paulo Cleto Duarte. Com esta «parceria de colaboração é atingido o objetivo de promoção, divulgação e comunicação do programa abem: Rede Solidária do Medicamento junto dos municípios», sublinhou. O programa abem já está implantado nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira e em 16 dos 18 distritos do território do continente, não tendo chegado a Braga e a Faro, onde deverá estar em breve, explicou Paulo Cleto Duarte. No final de dezembro de 2017, a rede Abem integrava «41 entidades referenciadoras», entre as quais 17 câmaras municipais, cinco juntas de freguesia e 3.238 farmácias, além de «doadores que têm contribuído para o fundo social» do programa, «100% dedicado à compra de medicamentos». O programa abem, distinguido com o Prémio Almofariz para melhor Projeto em 2017, já apoia 1.493 famílias, equivalentes a mais de três mil beneficiários (cerca de 25% dos quais são crianças), aos quais foram dispensadas mais de 50 mil embalagens de medicamentos. |