Diretor do HFAR diz que transição não foi fácil e estima conclusão do projeto em 2018 27-Fev-2014 O diretor do Hospital das Forças Armadas (HFAR) estimou ontem que o projeto da unidade estará concluído em 2018, já que implica a construção de raiz de novos edifícios e admitiu que «não foi fácil» assegurar a transição. «Se pensarmos em estar o Hospital na sua forma definitiva, que implica construir de raiz um edifício que vai substituir o que foi implodido há semanas (…) e pensando ainda que falta construir uma área para os cuidados continuados é também prudente dizer que isto não poderá estar feito antes de 2018, não digo tudo, mas o processo completo», afirmou Silva Graça. O major-general falava aos jornalistas no final de uma visita ao Hospital das Forças Armadas (HFAR), sediado no Lumiar, dos deputados da comissão parlamentar de Defesa Nacional, na sequência de uma proposta do deputado socialista Marcos Perestrello. Seguno a “Lusa”, o major-general precisou que o novo edifício terá quatro pisos e irá receber «áreas complexas como o bloco operatório, a unidade de hemodiálise, o recobro, os cuidados pós-anestésicos e uma parte do internamento». Questionado sobre as queixas de utentes em relação às dificuldades de acesso às marcações, consultas e valências hospitalares, Silva Graça admitiu que o processo «não foi fácil». «Não foi fácil nem possível acomodar nas condições que gostaria – o que foi feito relativamente às outras unidades – as valências que encerraram no ex-hospital militar principal» (antigo hospital militar da Estrela, encerrado a 31 de dezembro), admitiu o major-general Silva Graça. «Isto significa que não temos neste momento todas as condições que gostaríamos de ter para todas as valências estarem a funcionar», acrescentou o diretor do HFAR. No entanto, adiantou que «até ao final do ano estarão disponíveis algumas outras estruturas hospitalares» cuja remodelação ou adaptação estará concluída «dentro de cinco a seis meses». Com as novas estruturas, o HFAR aumentará a capacidade de internamento de 108 para 128 camas, e contará com áreas para ambulatório e consultas externas, exames complementares e áreas dedicadas ao ensino e à formação, disse. Quanto às dificuldades no atendimento e na marcação de consultas, o diretor do Hospital das Forças Armadas sublinhou que «foi instalada uma central telefónica» a funcionar em moldes diferentes e que «já tem uma capacidade de resposta maior». «O projeto só está efetivamente e satisfatoriamente concluído quando estiverem cumpridos os objetivos que esta direção traçou e neste momento ainda não estão», frisou. No final da visita, o deputado do PS Marcos Perestrello defendeu que houve uma «aparente precipitação» no encerramento das unidades hospitalares militares de Lisboa sem estarem asseguradas todas as condições no novo HFAR. No mesmo sentido, o deputado do PCP António Filipe considerou que a visita ao HFAR confirmou que o Governo «decidiu encerrar os três hospitais militares sem estarem criadas condições para ter as valências necessárias». Esta situação teve como consequência haver consultas médicas em contentores provisórios e o reencaminhamento de alguns utentes para outras unidades de saúde, criticou. |