Diretor do programa de Saúde Mental defende aumento do custo das benzodiazepinas 24 de Março de 2016 O diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental defende uma menor comparticipação das benzodiazepinas (ansiolíticos, sedativos e hipnóticos) e mais formação sobre a prescrição deste fármaco que em Portugal é consumido em «níveis de risco para a saúde». Álvaro Carvalho falava aos jornalistas no final da apresentação do Relatório “Portugal – Saúde Mental em Números 2015”, segundo o qual «as benzodiazepinas mais prescritas (alprazolam e lorazepam) são das que têm maior potencial ansiolítico e, consequentemente, de tolerância e dependência». Em 2014, os portugueses consumiram 91.496.345 doses diárias de alprazolam e 65.851.064 de lorazepam. O documento sublinha «a continuação do acréscimo prescritivo em todos os grupos farmacológicos, com ênfase para os antidepressores e os ansiolíticos». «Se os primeiros não acionam qualquer alarme na comparação internacional, os segundos, que integram sobretudo benzodiazepinas, mantêm este grupo farmacológico em níveis de risco para a saúde pública», prossegue o documento, citado pela “Lusa”. Para Álvaro de Carvalho, uma das medidas que poderá diminuir o consumo destes medicamentos é a diminuição da sua comparticipação pelo Serviço Nacional de Saúde (SNS), ou seja, aumentar o preço a pagar pelo consumidor. O psiquiatra defende uma maior formação na prescrição destes medicamentos com vista a «boas práticas». Também o secretário de Estado adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, disse aos jornalistas que é preciso «refletir sobre o consumo destes fármacos». O governante defendeu uma maior capacitação dos cuidados de saúde primários para estas áreas, estando previsto um reforço de psicólogos nos centros de saúde até ao final do ano. |