“Será necessário continuar a trabalhar num esforço coletivo focado em medidas preventivas e de controlo do impacto das ruturas de medicamentos. Precisamos que as empresas redobrem a sua atenção e cuidado na monitorização e gestão de stocks e na notificação antecipada de eventuais situações de rutura”, declarou, no respeitante à disponibilidade de medicamentos, Carlos Lima Alves, vice-presidente da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed).
Para o responsável, “apenas desta forma poderemos ter uma ação eficiente e minimizar o impacto no restante circuito e no cidadão. Da mesma maneira, temos de conseguir acompanhar a tendência europeia de disseminação e adoção de boas práticas na aquisição e contratualização de medicamentos, e dotar os estabelecimentos hospitalares de instrumentos e capacidade para otimizarem a gestão dos seus stocks, evitando falhas de abastecimento”.
Carlos Lima Alves falava, como noticiado no portal do regulador, na sessão de lançamento da Associação Portuguesa de Medicamentos pela Equidade em Saúde (EQUALMED), que decorreu no dia 6 de dezembro, em Lisboa, substituindo a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN).
O vice-presidente do Infarmed especificou ainda que “a colaboração com a APOGEN – hoje EQUALMED – tem sido fundamental para o avanço da nossa missão de promover o acesso a medicamentos genéricos e biossimilares de alta qualidade em Portugal. Juntos, temos alcançado marcos significativos na melhoria da saúde pública e na sustentabilidade do nosso sistema de saúde”.
Neste sentido, lembrou que, “há 20 anos atrás, a quota de mercado dos medicamentos genéricos era inferior a 10%. Hoje, e no caso específico do ambulatório, essa quota é já de 54%”.
Um crescimento e uma evolução que Carlos Lima Alves acredita que “apenas foi possível graças ao empenho e dedicação de diversas entidades e dos profissionais de saúde”.