Distribuição de vacinas da tosse convulsa nas farmácias regularizada na terça-feira 07 de Outubro de 2016 A distribuição da vacina da tosse convulsa nas farmácias portuguesas, que tem estado esgotada, vai ser regularizada na terça-feira, adiantaram hoje à agência “Lusa” a subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, e o INFARMED. O “Correio da Manhã” indica, na sua edição de hoje, que a vacina para a tosse convulsa está esgotada em Portugal devido a «um problema do laboratório». Em declarações à “Lusa”, a subdiretora-geral da Saúde confirmou que a vacina esteve «descontinuada por uns dias nas farmácias», mas adiantou que a situação vai ser regularizada. «Houve uma boa adesão à recomendação para a vacina ser administrada a grávidas de forma a prevenir a tosse convulsa nas crianças nos primeiros dois meses de vida. Isto é uma questão de importação, ou seja, quem produz a vacina não conseguiu abastecer continuamente o mercado», explicou. Contudo, explicou Graça Freitas, «começaram já a ser importadas milhares de doses para Portugal e o INFARMED já autorizou a sua distribuição». «Está tudo conforme desde ontem. O mercado vai ser regularizado. Foi autorizada a sua distribuição mesmo com rotulagem numa outra língua, que depois será acompanhada por um folheto traduzido em português para informação das pessoas», salientou. A responsável explicou que «não há risco para a saúde pública» uma vez que esta vacina afeta sobretudo crianças muito pequenas, que ainda não tiveram tempo de apanhar a vacina (só aos dois meses de idade). «Para evitar estes casos, aconselhamos a vacinação das mães para que passem anticorpos aos filhos. Quando as crianças nascem já têm alguma proteção. Por outro lado, esta é uma doença que não vai para casos zero, de vez em quando há pequenos surtos», disse. Segundo Graça Freitas, a taxa de vacinação em Portugal é de 97/98%, tendo sido registados 260 casos em 205 e este ano pouco mais de 400. A subdiretora-geral da Saúde lembrou ainda que este ano a vacina da tosse convulsa é comprada e nas farmácias, mas a partir de 01 de janeiro será gratuita e fará parte do Plano Nacional de Vacinação. Contactado pela agência “Lusa”, o INFARMED esclareceu que «na sequência da decisão das autoridades de saúde internacionais em estender a vacinação às gestantes, houve um aumento da procura superior à capacidade de produção da vacina, o que provocou constrangimento ao seu normal acesso». «O INFARMED tem vindo a monitorizar a rutura em causa e concedeu uma Autorização de Utilização Especial (AUE) da vacina que abastecerá o mercado já a partir da próxima terça-feira», é referido. |