Os distribuidores farmacêuticos apelaram às autoridades de saúde para definirem um plano de contingência para este setor, de modo a que uma eventual infeção num armazém não implique a sua paragem e quebra de abastecimento de farmácias.
Este pedido foi feito por Nuno Cardoso, secretário-geral da Associação de Distribuidores Farmacêuticos (ADIFA) em declarações à Lusa.
Nuno Cardoso indicou ainda que neste momento, por causa do coronavírus, as empresas associadas desenvolveram os seus próprios planos de contingência com base nas recomendações dos organismos internacionais e as autoridades nacionais de saúde, contudo não têm qualquer plano definido pelas autoridades de saúde.
Esta é uma preocupação acrescida pois numa eventual infeção num armazém, pode implicar a sua paragem e consequente quebra de fornecimento de medicamentos ou dispositivos médicos.
Por isso, apelam às autoridades “nomeadamente à Direção-Geral da Saúde, para a adoção de um plano de contingência específico, em prol da saúde pública”, face ao surto de Covid-19, declarado como pandemia pela Organização Mundial da Saúde.
“No que diz respeito ao plano de contingência, o que nos preocupa é que a nossa atividade assegura a continuidade de abastecimento, pelo que os armazéns não podem parar a atividade. As nossas empresas adotaram planos com base nas recomendações, mas queremos que exista um plano de contingência específico das autoridades, para que no caso de infeção não seja colocada em causa a paragem de um armazém”, explicou o representante dos distribuidores.
Para Nuno Cardoso, é fundamental “garantir uma atuação rápida e que os armazéns não sejam colocados em causa”.
Neste momento, o número de infetados já ultrapassou as 125 mil pessoas, com casos registados em cerca de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados, dos quais 69 estão internados.