Distúrbios hemorrágicos: ‘Não saber é o primeiro sintoma’ 126

Nos dias 17 e 18 de outubro, o Centro Vasco da Gama, em Lisboa, e a Associação Portuguesa de Hemofilia (APH) vão promover uma campanha de consciencialização para ajudar as mulheres a identificar os sintomas associados aos distúrbios hemorrágicos.

Sob o mote ‘Não saber é o primeiro sintoma’, a campanha, que tem a apresentadora Tânia Ribas de Oliveira com madrinha, alerta a população para os dez principais sintomas associados à doença, que afetam a coagulação do sangue. As origens para estes distúrbios de coagulação podem ser várias, entre elas destacam-se os défices de um, ou vários fatores de coagulação, como o défice do fator de Von Willebrand e os défices de agregação plaquetária.

Os distúrbios hemorrágicos nas mulheres podem permanecer sem diagnóstico durante anos. Estima-se que 5% das mulheres na faixa etária dos 30 anos consultam médicos devido a menorragia (menstruações abundantes) e que 8% a 10% das que consultam um ginecologista tem menorragia comprovada. E, quando testadas, 10% a 20% das mulheres com menorragia têm um distúrbio hemorrágico subjacente, de acordo com os números de diagnóstico da APH.

 

(Pelo menos) 3 em 10

Conhecer os sinais pode, por isso, salvar vidas e a APH aconselha, segundo referido em comunicado, a procura de aconselhamento no caso de serem detetados três ou mais sintomas, dentro dos seguintes dez sintomas principais:

  1. Período menstrual prolongado.
  2. Hemorragia na sequência de cirurgia ou parto.
  3. Hemorragia abundante após intervenção dentária.
  4. Hemorragia nasal recorrente e duradoura.
  5. Hemorragia abundante após traumatismo.
  6. Nódoas negras frequentes ou de grandes dimensões.
  7. Histórico familiar.
  8. Anemia.
  9. Necessidade de transfusão.
  10. aPTT (tempo parcial de tromboplastina ativada) prolongado.