Entre os fatores que motivaram a não adesão dos doentes aos tratamentos, os investigadores identificaram 13 categorias diferentes. “Constrangimentos financeiros”, “comunicação pobre com o profissional de saúde”, “efeitos secundários percebidos” e “perceção de baixa necessidade” foram algumas das justificações dadas pelos doentes.
Os investigadores constataram, também, que alguns desses motivos se relacionavam com os diferentes grupos farmacoterapêuticos específicos para a dor crónica. Por esse motivo, acreditam que esta identificação “poderia fornecer informações confiáveis para desenvolver novas intervenções para prevenir e reduzir comportamentos de não adesão.”
Os autores consideram que “ainda há um longo caminho a percorrer na área da Adesão Terapêutica”. “Dar informação clara e concisa; simplificar o regime terapêutico; melhorar a comunicação médico-doente e promover a motivação para comportamentos de saúde, podem ser alguns dos caminhos a seguir para melhorar a adesão dos doentes aos tratamentos prescritos”, conclui Rute Sampaio.
Intitulado “Non-Adherence to Pharmacotherapy: A Prospective Multicentre Study About Its Incidence and Its Causes Perceived by Chronic Pain Patients”, o artigo científico é assinado pelos investigadores Rute Sampaio, Luís Filipe Azevedo, Cláudia Camila Dias e José M. Castro Lopes.