A Portugal AVC – União de Sobreviventes, Familiares e Amigos, no âmbito do Dia Mundial do AVC, que se assinala a 29 outubro, vem recordar que o Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua a ser a principal causa de morte e incapacidade em Portugal, sendo, assim, fundamental assegurar um tratamento rápido e eficaz quando ocorre, bem como uma reabilitação coordenada, multidisciplinar e atempada.
Um passo importante neste sentido pode ter sido dado muito recentemente, com o compromisso assinado por Portugal, através da Direção-Geral da Saúde, com vista à implementação do “Plano de Ação para o AVC na Europa”, com ações específicas e adaptadas à realidade nacional.
Este Plano pretende alcançar melhorias em todos os momentos que envolvem cuidados ao AVC, incluindo a prevenção primária, organização dos serviços que prestam cuidados, tratamento de fase aguda, prevenção secundária e reabilitação, avaliação dos resultados e melhoria da qualidade de vida após o AVC. Tendo sido lançado conjuntamente, a nível nacional, pela Sociedade Portuguesa do AVC e pela Portugal AVC, representando, respetivamente, a Organização Europeia do AVC (European Stroke Organization – ESO) e a entidade que congrega associações de sobreviventes e familiares da Europa (Stroke Alliance for Europe – SAFE).
O Dia Mundial do AVC será também assinalado pelo arranque conjunto, em diversas regiões de Espanha e em Portugal, da campanha #CuideDoMaisImportante, para sensibilizar a população para a importância da prevenção, dar a conhecer ou lembrar os sinais de que pode estar a acontecer um AVC, e da importância de uma adequada reabilitação e da vida pós-AVC.
Segundo António Conceição, Presidente da Portugal AVC, uma das entidades promotoras, “com esta campanha pretende-se, não apenas sensibilizar para o impacto e a importância do AVC, inclusive com enormes custos socioeconómicos para a sociedade, mas também fomentar a cultura de prevenção da saúde, recordar como detetar um AVC e mostrar a importância da reabilitação”.
E recorda que a inclusão é um dos fatores chave, “uma vez que está nas mãos de todos contribuir para que as pessoas que sofreram um AVC, quaisquer que sejam as sequelas, possam reintegrar-se através de uma vida pessoal, familiar, social e profissional, de qualidade”.