É preciso «não confundir a árvore com a floresta», diz Passos sobre demissões na saúde 02 de Março de 2015 O primeiro-ministro afirmou na sexta-feira que «é preciso não confundir a árvore com a floresta» nas demissões na área da saúde e que há muitos dirigentes que apesar de toda a pressão mediática continuam «a fazer tudo o que podem». «Não há cada vez mais pessoas a devolver responsabilidades e a dizer que não querem assumir a responsabilidade pelos resultados, embora continue a haver casos desses», defendeu Pedro Passos Coelho, citou a “Lusa”. O chefe do Governo falava aos jornalistas à margem de uma visita à empresa Science4you, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, depois de questionado sobre a recente demissão de 14 médicos do Hospital do Litoral Alentejano (HLA). Passos Coelho reconheceu que «as responsabilidades que hoje se exigem a todos os dirigentes da administração pública, mas também na área da saúde, são muito elevadas» e que há pessoas que querem «sacudir um bocadinho essa pressão». No entanto, sublinhou que «há muitos dirigentes que apesar de toda a pressão, nomeadamente mediática, à volta destas questões, continuam no seu posto a fazer tudo o que podem, sabendo que o país não tem condições ilimitadas para satisfazer as necessidades». Passos sublinhou várias vezes que o Governo tem procurado «melhorar o quadro de intervenção e responsabilidade de quem está confrontado com problemas tão graves, como é o de satisfazer a procura muito elevada como a que aconteceu nos hospitais», mas defendeu que é preciso «realismo», porque não se pode «oferecer a toda a gente todas as condições». «Espero que do ponto de vista mediático reportar o que se passa não faça confundir a árvore com a floresta e que de repente não se crie a ideia de que a situação generalizada é de uma situação demissionária no país, que ninguém quer aceitar responsabilidades, que ninguém responde para resolver os problemas, quando o que se passa é contrário», alegou. Pedro Passos Coelho reiterou que atualmente a rede hospitalar está «mais capitalizada», o que permite às administrações maior facilidade e autonomia nas negociações com «os seus fornecedores». |