É preciso reforçar o financiamento no combate à hepatite C 252

É preciso reforçar o financiamento no combate à hepatite C

17 de julho de 2014

Estudo sustenta que o elevado custo associado às novas terapêuticas exige novos modelos de financiamento e negociação.

É necessário aumentar o financiamento para o combate à hepatite C. A recomendação é do Consenso Estratégico para a Gestão da hepatite C.

Ricardo Baptista Leite, coordenador do estudo apresentando esta quinta-feira, sustenta que o elevado custo associado às novas terapêuticas exige novos modelos de financiamento e negociação, que garantam o acesso aos medicamentos por parte dos doentes.

«Uma vez que estas terapêuticas prometem a cura, o Estado tem de se defender», começa por dizer à “Renascença”, lembrando que existem «modelos de partilha de risco em que o Estado apenas paga em função dos resultados». Por outro lado, devem ser definidos tetos orçamentais. «Que haja esse teto claramente negociado com a indústria, de modo a garantir que o demais Orçamento do Estado para Saúde não fica prejudico pela introdução desta inovação».

Ricardo Baptista Leite recorda que hoje em dia o Estado gasta cerca de 16 milhões de euros no tratamento com as terapêuticas disponíveis.

A prevalência estimada da hepatite C situa-se entre 1 e 1,5% da população portuguesa. Estudos internacionais apontam para que possam morrer no país entre 900 e 1.200 pessoas por ano, em consequência de complicações relacionadas com a doença.