Ébola: Crescimento das economias pode cair em mais de três pontos percentuais – FMI 12 de setembro de 2014 A epidemia do vírus Ébola pode reduzir o crescimento das economias da África Ocidental em mais de três pontos percentuais e requerer ajuda financeira no montante centenas de milhões de dólares, previu ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). «Além do custo humano, o Ébola deve causar danos significativos às economias da Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa», disse o porta-voz do FMI, Bill Murray, citado pela “Lusa”. O crescimento económico pode cair em 3,5 pontos percentuais na Libéria e Serra Leoa, cujas economias estavam a crescer, respetivamente, a taxas de 11,3% e 5,9% antes de a epidemia começar na sua zona fronteiriça, em março. A epidemia, que já matou 2.300 pessoas, deve também reduzir a taxa de crescimento da economia da Guiné-Conacri para 2,5%, reduzindo-a em 1,5 pontos percentuais, segundo aquela instituição. Cruz Vermelha vai formar mais 2.000 voluntários para combater o vírus A Cruz Vermelha anunciou ontem que prevê formar cerca de 2.000 voluntários suplementares para reforçar a resposta à epidemia de Ébola que atinge vários países da África Ocidental. «Agora que dezenas de novos casos aparecem todos os dias, esta epidemia não dá sinais de abrandar», declarou Alasan Senghore, responsável para África da federação internacional das sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. «As pessoas morrem. Se queremos seriamente parar o Ébola, não podemos deixar de reforçar a nossa resposta», afirmou em comunicado. Desde que a epidemia foi declarada no início do ano, a Cruz Vermelha já formou cerca de 3.000 voluntários nos três países pais afetados: Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria. A mesma fonte prevê formar no total mais de 5.600 pessoas. Foi nestes três países que morreu a maior parte das vítimas do vírus, que já matou cerca de 2.300 pessoas na África Ocidental, segundo o balanço mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS). A Cruz Vermelha reavaliou o seu apelo para fundos com vista a suportar as suas atividades nestes três países, precisando de 25 milhões de euros para assistir 21,9 milhões de pessoas. Com estes fundos, quer reforçar os esforços de comunicação e de sensibilização das comunidades afetadas e financiar um novo centro de tratamento do Ébola com 60 camas nos distritos de Kenema, na Serra Leoa, epicentro da epidemia. |