Ébola: médico norte-americano livre do vírus 06 de outubro de 2014 O médico norte-americano diagnosticado com Ébola no mês passado foi declarado curado pelas autoridades de saúde norte-americanas. Rick Sacra, um missionário cristão de 51 anos que foi infetado com Ébola na Libéria, recebeu alta do hospital a 25 de setembro depois de os médicos revelarem que tinha recuperado da doença. No entanto, Rick Sacra voltou a ser admitido no Memorial Medical Center em Worcester, Massachusetts, no sábado, queixando-se de tosse e febre, ainda que baixa. Foi colocado em isolamento. No domingo, os exames do Centro de Controle e Prevenção de Doenças indicaram que não tinha Ébola. «Vamos retirar o Dr. Sacra do isolamento e os seus médicos vão continuar o tratamento de rotina para a infeção do trato respiratório superior», informou o hospital num comunicado, citado pela “Lusa”. Enfermeira com Ébola teve alta hospitalar Uma enfermeira francesa que tinha contraído Ébola na Libéria teve alta do hospital onde estava a ser tratada em Paris, de acordo com a rádio “Renascença”. Aparentemente, é o primeiro tratamento bem-sucedido a um caso de ébola em França. A mulher recebeu um medicamento que está em fase experimental e que, pelo menos neste caso, mostrou ser eficaz. Venezuela está a vigiar voos provenientes de Portugal e de outros países europeus As autoridades aeroportuárias venezuelanas anunciaram que estão a supervisionar os voos provenientes de Portugal e de outros países europeus ao abrigo do Plano de Emergência Médica Epidemiológica, centrado na prevenção e deteção de eventuais casos de Ébola, avançou a “Lusa”. «A ativação deste procedimento epidemiológico compreende a supervisão dos voos procedentes de Alemanha, Portugal, Estados Unidos, França e Espanha, pela sua conetividade aérea com os países da África Ocidental», onde a doença se tem propagado, disse o diretor-geral do Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (norte de Caracas). Segundo Luís Gustavo Graterol «é importante que os viajantes entreguem, com caráter de obrigatoriedade, o cartão de declaração de saúde do passageiro, distribuído pela tripulação das companhias aéreas». «Nesse cartão devem constar os dados pessoais, direção, números telefónicos, destino, local de estada e condição de saúde dos viajantes, o que permitirá ter informação epidemiológicos mais precisa, em caso de que seja necessário», disse. Por outro lado explicou que em coordenação com o Ministério de Saúde estão a realizar conferências informativas ao pessoal aeroportuário, na qual participam funcionários das companhias aéreas, de concessionários e de organismos estatais a fim de «garantir que se cumpra o Plano de Vigilância Epidemiológica, perante doenças como a ‘influenza’, a ‘chikungunya’ e o Ébola». Segundo o epidemiólogo Júlio César Pacheco, as autoridades sanitárias locais estão em contato permanente com as autoridades de outras regiões do país para acompanhar as pessoas que desembarcam em Maiquetía e que apresentam algum sinal de suspeita de doença transmissível. «As companhias aéreas devem exigir os cartões de vacinas aos passageiros, assim como os estados de exceção [pessoas que não podem ser imunizadas]. Também devem recolher informação sobre os cartões de declaração de saúde que devem ser preenchidos pelos passageiros antes de chegar ao país», frisou. Ébola: Primeiro doente com diagnóstico feito nos EUA em estado «muito grave» O primeiro doente com Ébola diagnosticado nos Estados Unidos da América, um homem de nacionalidade liberiana, encontra-se em estado «muito grave», indicou fonte do hospital de Dallas, no Texas, onde se encontra internado. «Thomas Eric Duncan encontra-se em estado muito grave», anunciou o hospital que precisou que o estado de saúde do doente, que se tem mantido em estado «grave mas estável», se agravou. Na sexta-feira, as autoridades sanitárias norte-americanas estimaram que dez pessoas apresentavam «um alto risco» de terem sido contaminadas pelo homem que contraiu o vírus Ébola na Libéria e foi identificado tardiamente no país no início da semana. No total, 50 pessoas estavam sob vigilância, na sexta-feira, no Estado do Texas, da centena que foi identificada como tendo podido estar em contacto com Thomas Eric Duncan. Este chegou sem sintomas a Dallas, a 20 de setembro, proveniente da Libéria, o mais importante foco da epidemia na África Ocidental com o qual os EUA não tencionam, de momento, interditar as viagens. «A maior parte das pessoas apresentam um risco fraco. Há uma dezena de pessoas que têm um alto risco, as quais estamos a acompanhar de muito perto», disse o chefe dos serviços de saúde estaduais, David Lakey. Estas pessoas que apresentam um risco elevado pertencem aos serviços de saúde e estiverem em contacto com Duncan, entre o momento em que este começou a desenvolver os sintomas da febre hemorrágica, em 24 de setembro, e a sua hospitalização em quarentena, no dia 28. A sua contaminação foi confirmada em 30 de setembro. Nova Iorque põe em marcha dispositivo para despistar casos de Ébola Hospitais, aeroportos e serviços de emergência de Nova Iorque puseram em ação um forte dispositivo para prevenir eventuais contágios do vírus Ébola na cidade, noticiou a agência “Efe”. Desde sábado, qualquer pessoa que ligue para a linha de emergência – 911 – com sintomas semelhantes aos do Ébola será questionada sobre as suas viagens recentes e, caso tenha estado em algum dos países africanos mais afetados pela doença, será atendida ao domicílio por equipas sanitárias protegidas com fatos especiais. Nos últimos dias, os hospitais públicos da cidade também realizaram simulacros para melhorar a resposta a possíveis casos de Ébola. O objetivo das autoridades é evitar que se repita o que ocorreu em Dallas, onde um hospital mandou para casa um homem com sintomas de Ébola depois deste ter regressado de uma viagem à Libéria. O homem, a quem posteriormente foi diagnosticada a doença e hospitalizado, permaneceu três dias em sua casa, pondo em risco as pessoas com quem contactou. Para detetar casos de Ébola o mais cedo possível, Nova Iorque também mobilizou pessoal do controlo fronteiriço e aduaneiro no aeroporto JFK, o único da cidade que recebe voos procedentes de África. Os agentes foram treinados para detetar sinais da doença assim como para interrogar os passageiros sobre as viagens que fizeram nas últimas semanas, noticiou o “Daily News”. Se alguém apresentar sintomas da doença e caso tenha estado nalguma das zonas afetadas pela doença, a pessoa é isolada numa sala especialmente preparada para o efeito para que as autoridades sanitárias a submetam a testes. Segundo informou, na sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS), na África ocidental já foram infetadas com Ébola 7.470 pessoas, tendo falecido 3.431. |